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Professor preso injustamente por roubo é solto em SP

Docente trabalhava a 200 quilômetros do local do crime, segundo documento; defesa desconhece outra investigação por situação semelhante

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O professor de educação física que foi preso injustamente, acusado de sequestrar e roubar uma idosa em Iguape (SP), foi solto na tarde de quinta-feira (18), na capital paulista. Clayton Ferreira foi reconhecido pela vítima apenas por fotos - método criticado pela quantidade de irregularidades e injustiças – e estava trabalhando a 200 quilômetros do local do crime.

A defesa do professor entrou com um habeas corpus após apresentar o documento que comprova que Clayton estava dando aulas no momento do crime, de segunda a sexta, das 7h às 16h20 – o crime ocorreu na cidade do Vale do Ribeira às 9h. A declaração estava assinada pelo docente e pelo diretor da unidade escolar. Ele foi preso na manhã de terça (16).

Defesa de professor desconhece outra investigação

A Polícia Civil, porém, disse que o professor é investigado por um crime semelhante, anterior ao caso da idosa. O caso teria ocorrido em outubro de 2023, onde ele e uma mulher seriam beneficiados de uma transferência via Pix no valor de R$ 20 mil.

Danilo Reis, advogado de Clayton afirmou, em nota, desconhecer “investigação anterior originária à prisão realizada, tampouco teve acesso às informações prestadas em nota oficial da Polícia Civil, e que de imediato, independentemente da liberdade concedida, Clayton irá colaborar com o que for necessário para prestar esclarecimentos em qualquer investigação em andamento, por ser o principal interessado na resolução desta situação mediante a comprovação de sua inocência”.

Crime contra idosa

A idosa de 73 anos foi sequestrada e teve R$ 11 mil roubados em outubro de 2023 e reconheceu o suspeito por meio de foto. O boletim de ocorrência cita que a mulher foi obrigada a entrar em um carro por duas mulheres. Dentro, estava o motorista. Após as ameaças e transferências, foi solta.

Na delegacia, reconheceu o homem, apontando a foto do professor como único indício de autoria do crime. A Justiça decretou a prisão do docente em novembro do ano passado.

A Corregedoria da Polícia disse que está “à disposição para apurar qualquer denúncia sobre possíveis irregularidades”.

Em nota, Secretaria de Educação de São Paulo disse que Diretoria de Ensino Centro Sul e a Escola Estadual Deputado Rubens do Amaral seguem à disposição das autoridades para esclarecer o caso.

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