Prisão preventiva de Braga Netto é mantida pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
General da reserva passou por audiência de custódia neste sábado (14) e continuará detido
Gabriella Furquim
O Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, na tarde deste sábado (14), a prisão preventiva do general da reserva Braga Netto. O militar passou por audiência de custódia após ser detido pela Polícia Federal (PF) no início da manhã, no Rio de Janeiro.
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Braga Netto é acusado de obstrução de justiça no inquérito que apura a tentativa de golpe de Estado.
Por meio de nota, a defesa do general da reserva afirmou que "se manifestará nos autos após ter plena ciência dos fatos que ensejaram a decisão proferida". "Entretanto, com a crença na observância do devido processo legal , teremos a oportunidade de comprovar que não houve qualquer obstrução as investigações."
O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido da PF. Segundo os agentes, Braga Netto tentou obter informações sobre a delação premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro tenente-coronel Mauro Cid, bem como controlar as informações fornecidas e alinhar versões entre os investigados.
Em uma audiência com Moraes, Cid revelou que Braga Netto forneceu dinheiro aos militares das Forças Especiais do Exército (os chamados “kids pretos”). O grupo estava envolvido nas atividades golpistas, que incluíam um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e Moraes.
Braga Netto foi preso em sua casa em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro, onde as equipes também cumpriram mandados de busca e apreensão. O militar foi levado para a sede da Polícia Federal e, posteriormente, para a 1ª Divisão do Exército, na Vila Militar, na zona oeste do Rio, onde terá direito a uma cela/sala especial.