Presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, é afastado após operação da PF
Ação desta terça-feira (18) mira emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras
Kenzô Machida
O presidente do Banco de Brasília (BRB), Paulo Henrique Costa, foi afastado do cargo nesta terça-feira (18) após se tornar alvo de uma operação da Polícia Federal (PF). A ação foi batizada de Compliance Zero e mira a emissão de títulos de crédito falsos por instituições financeiras no âmbito do Sistema Financeiro Nacional (SFN).
O afastamento é resultado de uma decisão judicial. À TV Globo, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), afirmou que Costa está nos Estados Unidos.
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Segundo a PF, a apuração teve início em 2024, por solicitação do Ministério Público Federal (MPF), para investigar a produção de carteiras de crédito insubsistentes – sem validade jurídica ou financeira real – por uma instituição financeira. Esses títulos teriam sido vendidos a outro banco e, após inspeção do Banco Central (BC), substituídos por outros ativos sem avaliação técnica adequada.
A operação cumpre sete mandados de prisão, sendo duas temporárias e cinco preventiva, incluindo a do presidente do Banco Master, Daniel Vorcaro, detido na zona oeste de São Paulo. Há ainda 25 mandados de busca e apreensão.
Os investigados são suspeitos de crimes graves, como gestão fraudulenta, gestão temerária e organização criminosa, entre outros delitos.
Em nota, o BRB informou que "sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência" e que presta "regularmente informações" ao MPF e BC "sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master".
Leia comunicado:
"O BRB reforça que sempre atuou em conformidade com as normas de compliance e transparência, prestando regularmente informações ao Ministério Público Federal e ao Banco Central do Brasil sobre todas as operações relacionadas ao Banco Master.
O Banco informa, ainda, que nenhuma prisão foi realizada na manhã desta terça-feira (18). A decisão judicial que orienta a atuação da Polícia Federal nas dependências do Banco determina, exclusivamente, o afastamento temporário do presidente e do diretor financeiro pelo prazo de 60 dias.
A Instituição reafirma seu compromisso com a ética, a responsabilidade e a integridade na condução de suas atividades. O Banco segue operando normalmente, garantindo a continuidade integral dos serviços e preservando a segurança das operações, dos clientes, dos parceiros e de toda a sua estrutura operacional."
