Politraumatismo: entenda causa da morte das vítimas da queda do avião em Vinhedo
Laudo do Instituto Médico Legal (IML) aponta que morte das 62 pessoas aconteceu quando aeronave tocou o solo
Wagner Lauria Jr.
O Instituto Médico Legal de São Paulo (IML) concluiu o laudo que aponta a causa da morte das 62 vítimas do voo 2283 da Voepass, que caiu em Vinhedo no início da tarde da última sexta-feira (9): politraumatismo.
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A morte de todos os ocupantes do avião ATR-72 foi instantânea e aconteceu "no momento em que a aeronave tocou no chão", segundo Vladimir dos Reis, diretor do IML. Após a queda, o turboélice bimotor pegou fogo, mas as queimaduras atingiram as pessoas quando já estavam mortas.
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Além disso, de acordo com Vladimir, o laudo conseguiu descartar que os óbitos tenham ocorrido por infarto, por exemplo.
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O que é politraumatismo?
O termo traumatismo se refere às consequências de uma lesão para o funcionamento de um tecido ou órgão, que pode ser de natureza física ou química, como impactos ou queimaduras, segundo a Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (SBTO). No entanto, para que seja politraumatismo, devem haver duas ou mais lesões graves em pelo menos dois sistemas do corpo.
Fratura de ossos, lesões cerebrais, hemorragias internas, amputações e lesões na coluna são os ferimentos mais comuns que ocorrem nesses casos, segundo a SBTO.
O politraumatismo geralmente acontece também em acidentes graves de trânsito, quedas de altitudes extremas, além de incêndios.
Dentre os acidentes aéreos, o politraumatismo também foi a causa da morte da cantora Marília Mendonça, do apresentador Ricardo Boechat, do ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavasck.
Mais da metade dos corpos já foi identificada
O Instituto Médico Legal, da região central de São Paulo, conseguiu identificar 35 corpos das 62 pessoas que morreram com a queda do avião da VoePass, em Vinhedo, interior de São Paulo. Até a manhã desta segunda-feira (13), 17 vítimas foram liberadas para serem homenageadas pelas famílias.