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Polícia de SP investiga uso de linguagem neutra no Hino Nacional em comício de Boulos

No documento, é mencionado uma legislação que proíbe alterações ao Hino Nacional e a outros símbolos da República

Imagem da noticia Polícia de SP investiga uso de linguagem neutra no Hino Nacional em comício de Boulos
Boulos defende criação de "Mais Médicos Especialidades" em São Paulo | Divulgação/Campanha Boulos
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A Polícia Civil abriu um inquérito para investigar a utilização de linguagem neutra no Hino Nacional durante comício da campanha do candidato à Prefeitura de São Paulo, Guilherme Boulos (PSOL), no último dia 24 de agosto, no Campo Limpo, região sul da capital.

+ Hino com linguagem neutra é “infeliz e um besteirol”, diz coordenador das eleições do PT

O inquérito foi instaurado a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), após o Ministério Público Federal (MPF) receber uma representação do senador Cleitinho (Republicanos-MG).

No documento, é mencionado uma legislação que proíbe alterações ao Hino Nacional e a outros símbolos da República. Ha ainda a intimação do coordenador da campanha de Boulos para prestar depoimento.

O que aconteceu?

Durante a execução do Hino Nacional, a intérprete, que foi a cantora paulista Yurungai, substituiu a frase "dos filhos deste solo" por "des files deste solo", em uma adaptação de linguagem neutra.

Após a polêmica gerada pela alteração, a campanha de Boulos rompeu o contrato com a produtora responsável pelo evento e afirmou que não havia sido consultada sobre a modificação. Boulos também se manifestou publicamente, esclarecendo que o uso da linguagem neutra não faz parte de sua pauta de campanha.

Em entrevista ao Perspectivas, o senador Humberto Costa (PT) diz que foi uma ideia infeliz sobre a utilização de linguagem neutra durante a execução do Hino Nacional. “Eu acho que essas coisas estão completamente desfasadas do que é mais importante nesse momento. Acho que foi uma infeliz ideia.”

O episódio gerou polêmica nas redes e reacendeu debates sobre o papel da linguagem inclusiva no discurso político. O senador classifica a iniciativa como um “besteirol” e um erro estratégico.

A tentativa de incorporar a linguagem neutra ao hino desvia o foco das questões verdadeiramente importantes para o momento político. “Uma iniciativa como essa, além de não trazer nenhum tipo de ganho político, acaba sendo uma iniciativa que coloca novamente na boca dos conversadores da extrema direita um discurso que eles adoram faze", ressaltou o petista.

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