PM suspeito de estuprar diarista diz que vítima usava "roupas provocativas"
Caso aconteceu em loja de militar em Belo Horizonte; policial alega que a relação foi consensual
SBT News
Estado de Minas
A diarista que denunciou ter sido estuprada por um policial militar na última quarta-feira (26), em uma loja no bairro Santa Rosa, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, pediu uma medida protetiva contra o suspeito.
Segundo a Polícia Civil, o pedido foi encaminhado nesta sexta-feira (28) para ser analisado pelo Tribunal de Justiça. Aos investigadores do caso, o militar alegou que a relação foi consensual e que a diarista usava “roupas provocativas”.
Conforme consta no boletim de ocorrência, a diarista, de 22 anos, relatou ter ido ao estabelecimento que pertence ao policial militar, de 33 anos, para fazer uma faxina. Em determinado momento, ela notou que o suspeito parecia beber algo semelhante a uísque e, inicialmente, tocou em suas nádegas.
“(A vítima alega que) o repreendeu, porém, depois, quando ela finalizou a faxina, ele teria subtraído o telefone celular dela, teria colocado uma arma próxima a sua costela, a ameaçado de morte e a obrigado a se despir e, então, realizado a conjunção carnal de maneira forçada”, disse a delegada Larissa Mascotti.
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Versão do militar
O militar deu sua versão primeiramente no boletim de ocorrência, no qual disse que a diarista teria tocado nele primeiro e que eles chegaram a conversar sobre fetiches. “O suspeito alega que houve uma relação sexual, porém, teria sido consensual, e que, inclusive, a vítima estaria com roupas provocativas”, relata a delegada.
O inquérito policial para investigar o caso já foi aberto. De acordo com a delegada, foram colhidas imagens de câmeras de segurança próximas do local onde teria acontecido o estupro e que podem ajudar a solucionar o caso. Também começaram a ser marcados depoimentos com testemunhas.
Ainda segundo a delegada, a vítima foi encaminhada para um hospital de referência, onde foram colhidos vestígios biológicos. Dentre os exames que a diarista deverá passar, estão o corpo de delito, de confrontação genética e constatação de violência sexual - este último poderá esclarecer se a relação foi consensual ou não.
“Esses vestígios seguem para o Instituto de Criminalística e para o Instituto Médico Legal para que sejam feitos os devidos exames periciais”, disse. O caso segue em investigação.
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