PF mira grupo suspeito de ataques hackers contra órgãos como Dataprev, Exército e a própria Polícia Federal
Operação Power Off contou com apoio do FBI e mobilizou agentes para cumprimento de dois mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão

SBT News
A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quarta-feira (3) a operação Power Off, mirando grupo suspeito de ofertar serviços ilegais de ataque hacker DDoS contra sites de diversos órgãos públicos. A força-tarefa contou com cooperação do FBI e mobilizou agentes para cumprimento de dois mandados de prisão temporária e quatro de busca e apreensão nas cidades de Rio de Janeiro, São Caetano do Sul (SP), São Paulo e Tubarão (SC).
Alvos são, segundo a PF, "administradores das plataformas ilegais e usuários que contrataram os serviços para realizar ataques contra sistemas de alta relevância".
A investigação identificou que usuários dessas plataformas realizaram ofensivas contra diversos "órgãos estratégicos brasileiros", como a própria PF, em 2020, Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência (Dataprev), Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e Centro de Integrado de Telemática do Exército Brasileiro (CITEx), em 2018.
Ataques de negação de serviço distribuídos sob demanda, DDoS (Distributed Denial of Service), também conhecidos como booters e stressers, usam tráfego falso e malicioso para sobrecarregar um serviço online, como sites e servidores, e inutilizá-lo, impedindo que usuários legítimos acessem uma determinada página.
A PF apurou que essas plataformas criminosas "permitem que qualquer pessoa, mesmo sem conhecimento técnico, contrate ataques DDoS mediante pagamento". "Os serviços são hospedados em servidores de nuvem distribuídos em diversos países e utilizados por agentes em escala mundial", acrescentou a corporação.
Suspeitos podem responder por crimes de associação criminosa e interrupção ou perturbação de serviço telemático ou de informação de utilidade pública.
A operação Power Off integrou polícias, agências de aplicação da lei e entidades acadêmicas, "reforçando o compromisso da Polícia Federal no combate a crimes cibernéticos que afetam a segurança e a disponibilidade de serviços essenciais".









