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PF e polícia de SP prendem ladrões de cargas acusados de sequestros e mortes

Operação Cacaria cumpre 13 ordens de prisão contra grupo que cometia crimes em série; roubo a carro-forte iniciou investigação

PF e polícia de SP prendem ladrões de cargas acusados de sequestros e mortes
PF Op Cacaria
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Um grupo de ladrões de carga que agia com violência nas ações em rodovias de São Paulo é alvo, nesta quinta-feira (23), da Operação Cacaria, da Polícia Federal (PF) e do Gaeco, do Ministério Público de São Paulo. Nos ataques, criminosos sequestravam os motoristas de caminhões, agrediam e até matavam as vítimas.

Desde as 6h, 140 policiais da PF, da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Estadual e Polícia Rodoviária Federal (PRF) estão nas ruas para cumprir 13 ordens de prisão e 18 de buscas e apreensões, nas cidades de Osasco, Barueri, Guarulhos e São Paulo. Nas casas dos alvos, foram apreendidas armas, como simulacros.

Os criminosos começaram a ser investigados depois de um roubo de carga em Itapecerica da Serra (SP), em dezembro de 2023. O grupo especializado em roubo de cargas e caminhões da PF, em Campinas (SP), assumiu o caso e descobriu que eles agiam na região metropolitana da capital paulista e no interior, sempre com muita violência.

De janeiro a abril, o grupo teria cometido pelo menos dez roubos, durante as apurações que resultaram na Operação Cacaria. Num deles, no início de fevereiro, em São Lourenço da Serra (SP), o motorista foi morto e o corpo localizado no canteiro do Rodoanel Mário Covas, quatro dias depois. Outra vítima foi brutalmente agredida e acabou internada na UTI por uma semana, com diversos ossos quebrados.

Violência e medo

Os alvos da Cacaria tinham como perfil crimes violentos, segundo apurou a PF. Em pontos de redução de velocidade nas rodovias, como próximos dos pedágios, de subida íngreme ou mesmo em locais de parada de descanso dos motoristas, eles rendiam e sequestravam os condutores.

Os motoristas eram levados para cativeiros "em matagais próximos aos locais dos roubos", onde sofriam ameaças de morte e agressões, em alguns casos, até que as cargas e veículos fossem encaminhados a esconderijos. Houve também cobrança de transferências via Pix, como sequestro.

Em dois ataques do grupo feitos sequencialmente, em Juquitiba (SP), no dia 24 de janeiro, e em São Lourenço da Serra (SP), em 25 de janeiro, as vítimas rendidas para os roubos foram mantidas reféns no mesmo local, em um matagal.

O delegado Edson de Souza, da PF em Campinas, explicou que os criminosos, para evitarem o rastreamento das cargas e veículos roubados, usavam um equipamento bloqueador de sinais, chamado jammer.

Ao todo, o grupo especializado em roubo de cargas da PF identificou dez ataques do grupo em quatro meses.

Crimes sob investigação:

  • Itapecerica da Serra (SP) - 2/12/23
  • Juquitiba (SP) - 24/1/24
  • São Lourenço da Serra (SP) - 25/1/24
  • São Lourenço da Serra (SP) - 9/2/24 (caso latrocínio)
  • São Paulo (capital) - 19/2/24
  • Juquitiba (SP) - 21/3/24
  • Itapecerica da Serra (SP) - 22/3/24
  • Juquitiba (SP) - 27/3/24
  • Tatuí (SP) - 3/4/24
  • Sumaré (SP) - 3/4/24
  • Itapecerica da Serra (SP) - 11/4/24

Entre os alvos da Cacaria, estão ladrões, dois supostos receptadores e distribuidores de peças dos veículos roubados e dois envolvidos na morte de um dos caminhoneiros. Os acusados podem responder na Justiça por crimes de associação criminosa, roubo e latrocínio, segundo a PF, com penas, somadas, que podem chegar a 50 anos de prisão,.

O nome da operação, Cacaria, "significa grupo de ladrões, em referência à atuação da associação criminosa".

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