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Brasil

PF convoca peritos especialistas em acidentes aéreos para analisar dinâmica da tragédia em Vinhedo

Com scanner 3D, roupas de proteção biológica e técnicas internacionais, os 20 peritos do INC também vão atuar na identificação das vítimas

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Um grupo de 20 peritos criminais federais foi convocado para o trabalho de identificação dos corpos das vítimas e da reconstituição da dinâmica do acidente com o avião da Voepass, que caiu nesta sexta-feira (9), em Vinhedo, interior de São Paulo, e matou 62 pessoas.

O grupo de elite do Instituto Nacional de Criminalística (INC) iniciou os trabalhos logo após a queda, com o isolamento total da área atingida pela aeronave e onde estão os destroços.

"A perícia é dividida em duas vertentes, dois grupos. Um que trabalha para a identificação dos corpos e outros que trabalha para a investigação do sinistro aeronáutico, para fins criminais, para entender se houve imprudência, negligência ou imperícia. Nosso foco principal é a identificação dos corpos", afirmou o diretor do INC, perito criminal federal Carlos Palhares.

Um inquérito foi aberto para investigar o acidente e a perícia presente no local vai reunir os elementos para que, na fase policial, seja possível verificar a dinâmica dos fatos.

O superintendente da Polícia Federal em São Paulo, delegado Rodrigo Sanfurgo, e o diretor do INC estiveram no local da tragédia na manhã deste sábado (10). "A prioridade da Polícia Federal agora é remover as vítimas de modo que seja possível a identificação delas", afirmou Sanfurgo. Até as 11h deste sábado, foram retirados 24 corpos.

Identificação

Palhares afirmou que a condição dos corpos, apesar dos estragos provocados na aeronave com a queda, não deve "ser um elemento complicador" para a identificação das vítimas.

Os primeiros corpos retirados foram os que não foram atingidos pelo fogo e estavam mais próximo da cabine da aeronave. Nesses casos, o resultado deve sair rápido com a identificação das vítimas por impressão digital. Além do INC, a Superintendência de Polícia Técnico Científica de São Paulo vai atuar nessa frente, que não tem prazo para terminar.

"As vestes usadas pelos peritos é de proteção biológica. Os corpos estão em uma situação especial para a remoção. Houve fogo na aeronave e isso demanda uma atividade mais cuidadosa."

Segundo o diretor do INC, essa frente de identificação tem duas etapas: a de preservação do local e remoção dos corpos; e a de identificação e trabalho com os familiares, para levantamento de dados. "São seguidos protocolos internacionais de identificação para entrega dos corpos para as famílias. Para esse trabalho serão usadas a identificação por digitais, por arcada dentária ou por DNA."

Causas

O frio e a chuva na madrugada deste sábado atrapalharam os trabalhos da perícia no início da remoção dos corpos, segundo Palhares. "Os melhores peritos, não da PF, mas também da Superintendência da Polícia Técnico-Científica de São Paulo, que têm experiência nesses tipos de casos, estão trabalhando nisso", disse Palhares.

A perícia técnica criminal também busca as provas que podem ajudar a PF a entender o acidente e apurar responsabilidades. Peças mais importantes para analise pericial, como cabine, motores e parte da calda do avião PS-VPB foram recolhidas e vão ajudar as apurações criminais e também as do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), da Força Aérea Brasileira (FAB).

"Os gravadores de voo foram recolhidos já pelo Cenipa e estão em Brasília", disse Palhares. As caixas-pretas do avião serão analisadas pelo Cenipa, em Brasília, que desde a manhã deste sábado está com o material que vai ajudar com a reconstituição do momento da queda.

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