Pesquisa mostra Lula com 38,3% e Bolsonaro com 36,9%
Com ex-presidente inelegível, eventual concorrente do petista com mais chances nos cenários pesquisados é Michelle Bolsonaro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teria hoje 38,3% dos votos se voltasse a disputar a eleição com o ex-presidente Jair Bolsonaro, que chegaria a 36,9%. Os dados, que mostram um empate dentro da margem de erro de 2,2 pontos percentuais, são da pesquisa do Instituto Paraná realizada de 18 a 22 de julho de 2024 com 2.026 eleitores no país.
Como Bolsonaro está inelegível até 2030 por decisão da Justiça Eleitoral, o adversário mais competitivo do petista hoje é a ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, segundo os cenários pesquisados. Neste caso, Lula teria 38,8% das intenções de voto contra 30,3% de Michelle, uma diferença de 8,4 pontos percentuais.
No atual tabuleiro eleitoral para 2026, Michelle concorreria ao Senado pelo Distrito Federal, o que indica uma preferência do grupo bolsonarista por Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, para a disputa presidencial. Ainda disputam o apoio de Bolsonaro os governadores de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), e de Minas, Romeu Zema (Novo).
Num dos cenários das negociações eleitorais avaliados pelo Paraná Pesquisa, Lula teria 38,9%; Tarcísio, 24,4%; o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), 11,8%; o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, 4%; o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), 2,7%; e o ministro da Integração, Helder Barbalho (MDB), 0,6%.
No cenário com Ratinho Júnior, Lula aparece com 39% e o governador paranaense com 14,2%. Neste cenário ainda foram testados Ciro (12,4%), Caiado (7,5%), Leite (3,3%) e Barbalho (0,7%).
Em um último cenário de primeiro turno, Lula aparece com 38,8%. Ciro fica em segundo com 13,3%, empatando tecnicamente com Zema (13,1%), Caiado (6,7%), Leite (3,5%) e Barbalho (0,8%).
Avaliação de governo
A pesquisa também mostrou uma leve melhora na avaliação do governo Lula. Entre os meses de maio e julho os eleitores que consideram "ótima" a administração federal foi de 10,6% para 12,8%. Por outro lado caiu o percentual daqueles que a avaliam como "ruim", indo de 9,8% para 8,5% no período. O percentual dos que aprovam o saiu de 46,2% em maio para 47,2% em julho. Aqueles que desaprovam caiu de 49,6% para 48%.