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Pelo menos 17 universidades federais entram em greve

Mais de um mês e meio após o início da paralisação de institutos federais, agora os professores de universidades aderiram à paralisação

Pelo menos 17 universidades federais entram em greve
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Após mais de um mês e meio da paralisação de professores e técnicos de 470 unidades (campus) dos 682 e de 51 institutos federais presentes em 24 unidades da Federação em todo o país, os professores de pelo menos 17 universidades começaram a mobilização grevista nesta segunda-feira (15). O Ministério da Educação (MEC) afirmou que "vem envidando todos os esforços para buscar alternativas de valorização dos servidores da educação, atento ao diálogo franco e respeitoso com as categorias".

A principal reivindicação, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN), é a recomposição salarial para os servidores públicos que seria de 7,06% em 2024, de 7,06% em 2025 e 7,06% em 2026.

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Em entrevista ao Poder Expresso, a coordenadora geral do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional (Sinasefe), Artemis Martins, explica que a mobilização busca efetivar a pauta tradicionalmente defendida pelo atual governo. “A gente só está em greve porque não conseguimos chegar a um consenso nesse processo de negociação, durante esses mais de 12 meses que nós estamos dialogando com o governo. Na verdade, desde o início do governo Lula. A marcação dessa mesa de negociação para a próxima sexta-feira (19), mais de um ano após de iniciado o governo Lula, já é uma expressão do movimento grevista”, afirmou Martins.

A ministra da Gestão, Esther Dweck, afirmou, na quinta-feira (11/4), que o governo Lula poderá conceder 19% de reajuste aos servidores do Executivo Federal ao longo dos quatro anos de mandato.

De acordo com Jennifer Webb, primeira tesoureira do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), a adesão de outras universidades deve aumentar. “A gente também reivindica pela qualidade da educação pública. E isso também é reivindicar em nome dos estudantes dessas instituições, porque os estudantes, inclusive, sofrem para permanecer na universidade. Então, recompor o orçamento, por exemplo, é fundamental para que a gente garanta a permanência dos estudantes dentro das universidades. Porque não basta entrar, tem que ter condições de permanecer”, afirmou a representante da ANDES.

Além dos aumentos salariais, técnicos e professores pedem melhores condições de trabalho que vão desde laboratórios de pesquisa que tratem de alimentação e o bem-estar de animais, plantas e culturas, e manutenção de criogenia até a continuidade dos programas de assistência estudantil e demais processos seletivos iniciados antes do início da greve, incluindo a conclusão do registro de novos alunos de pós-graduação.

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