Parques Nacionais brasileiros registram visitação recorde em 2024

Uma busca silenciosa por ar puro e paisagens exuberantes levou um número inédito de pessoas aos santuários naturais do Brasil em 2024. Os Parques Nacionais se consolidaram como os destinos preferidos, atraindo 12,5 milhões de visitantes, um aumento real de 3,8% em relação ao ano anterior, conforme dados divulgados pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

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O monitoramento do ICMBio, que abrange diversas categorias de Unidades de Conservação (UCs) federais, revelou que, ao todo, mais de 25,5 milhões de visitas foram registradas em 161 unidades espalhadas pelo país em 2024. Esse montante representa um crescimento de 4,9% em relação a 2023, indicando uma tendência clara de valorização dos espaços naturais pelos brasileiros. O levantamento, realizado em quase metade das UCs federais, demonstra o potencial desses locais como refúgios e importantes ativos para o país.

Para o presidente do ICMBio, Mauro Pires, a pandemia da Covid-19 escancarou a importância vital do contato com a natureza para o bem-estar físico e mental. Ele destaca a necessidade de um monitoramento preciso da visitação para entender o público e fortalecer estratégias de inclusão e melhoria das estruturas de acesso.

No ranking dos Parques Nacionais mais procurados em 2024, o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro, lidera com mais de 4,6 milhões de visitas, seguido pelo espetacular Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, com mais de 2 milhões, e pelo paradisíaco Parque Nacional de Jericoacoara, no Ceará, com mais de 1,5 milhão. Um destaque interessante foi o retorno do Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (RJ) à lista dos mais visitados, superando a marca de 200 mil visitas e recuperando os níveis de público pré-pandemia.

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O ecoturismo já figura entre as principais motivações dos turistas estrangeiros que visitam o Brasil, representando 19% do total em 2023, segundo a Embratur. Entre os brasileiros, a busca por destinos de natureza foi o motivo de 27% das viagens no mesmo ano, conforme levantamento do Ministério do Turismo.

No entanto, a visitação às UCs vai além do lazer. Muitos buscam esses espaços para atividades de educação ambiental, pesquisas científicas, vivência em comunidades locais e aprimoramento da qualidade de vida através de trilhas, caminhadas, observação de aves e outras atividades em meio à natureza. Essa crescente procura pelos parques nacionais e outras unidades de conservação também impulsiona a economia local, gerando empregos e movimentando o setor de serviços. A pergunta que permanece é: o que essa busca incessante pela natureza revela sobre a sociedade contemporânea e seu anseio por conexão com o mundo natural?