Parque Ibirapuera em SP deve se chamar Rita Lee
Projeto foi aprovado por vereadores e ainda precisa passar por uma segunda votação para virar lei
A Câmara Municipal de São Paulo aprovou nesta quarta-feira (10) o projeto de lei que propõe dar o nome de Rita Lee ao Parque Ibirapuera, na zona sul da cidade. O PL ainda precisa passar por uma segunda votação no plenário da Casa e pela sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para entrar em vigor.
A homenagem foi proposta pela vereadora Luna Zarattini (PT) em maio de 2023, dois dias após a morte da rainha do rock brasileiro. Rita Lee morreu no dia 8 de maio, aos 75 anos.
O projeto prevê que o nome da artista seja incorporado ao do parque, que passará a se chamar Parque Ibirapuera - Rita Lee. Na justificativa do PL, a vereadora afirma que há uma "forte ligação de afeto" entre a cantora e o local.
"Rita Lee e o Parque do Ibirapuera são dois grandes patrimônios paulistanos (...) Em sua juventude e vida adulta, Rita seguiu frequentando o parque e inúmeras vezes declarou publicamente seu afeto pelo Ibirapuera", destacou Luna Zarattini em suas redes sociais.
No livro "Rita Lee – uma autobiografia", publicado em 2016, a cantora fala sobre sua relação com o Ibirapuera. Moradora de um bairro vizinho, ela frequentava o local com sua família desde a infância, antes mesmo dele ser um parque. Na época, Rita apelidou o espaço de "Floresta Encantada".
A rainha do rock cita o Parque Ibirapuera em diversas obras, como "Vírus do Amor" e "Minas de Sampa". Ele também foi cenário da foto de capa de seu terceiro álbum com a banda Tutti Frutti, "Entradas e Bandeiras".
Em sua autobiografia, ela conta ainda que ia toda semana ao planetário, comendo uma banana-split na lanchonete vizinha ao final das sessões. O velório de Rita Lee aconteceu no planetário do Parque Ibirapuera.
O presidente da Câmara Municipal, Milton Leite (União Brasil), assinou como coautor do projeto. Dos 55 vereadores, apenas dois se abstiveram: Fernando Holiday (PL) e Sonaira Fernandes (PL).