Número de greves caiu 20% no primeiro semestre do ano, diz Dieese
Reivindicação por reajuste salarial e melhorias nas condições de trabalho estão entre as principais mobilizações
Camila Stucaluc
O número de greves realizadas no Brasil caiu 20,5% no primeiro semestre de 2024, quando comparado ao mesmo período de 2023. Dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) apontam para 451 paralisações nas esferas público e privado nos primeiros seis meses do ano, ante 567 observadas em 2023.
Ao todo, foram cerca de 18 mil horas de greve no primeiro semestre. O funcionalismo público promoveu mais da metade (55%) dessas mobilizações, com 274, respondendo por 81% das horas paradas. As empresas privadas, por sua vez, foram responsáveis por 186 greves, enquanto as estatais registraram 18 paralisações no período.
A reivindicação por questões salariais foi o principal motivo para a convocação de greve no Brasil. O pedido de reajuste salarial foi motivo de 43% das mobilizações, seguido por melhorias nas condições de trabalho (33%). Itens relacionados ao investimento e melhor administração dos serviços públicos vieram em seguida (24%).
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“A grosso modo, o primeiro semestre de 2024 foi um período de greves de trabalhadores do funcionalismo público pelo pagamento de reajustes salariais. Na esfera privada, predominam denúncias contra o descumprimento de direitos – o que pode ser explicado pelo atraso no pagamento dos vencimentos (salários, 13º, férias) e pelas irregularidades no repasse do FGTS e no pagamento das verbas rescisórias”, disse o Dieese.