Morre aos 86 anos o pianista Miguel Proença, referência da música erudita brasileira
Ao longo de mais de 60 anos, Miguel Proença se destacou como pianista, educador e porta-voz da música clássica brasileira no mundo

Gabriella Rodrigues
com SBT Rio
Faleceu aos 86 anos o pianista e ex-presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Miguel Proença. Internado desde junho no Hospital São Vicente, na Gávea, ele morreu na sexta-feira (22) em decorrência de falência múltipla de órgãos.
Natural de Quaraí, na fronteira do Rio Grande do Sul com o Uruguai, Miguel construiu uma trajetória de mais de 60 anos na música erudita, alcançando reconhecimento internacional. Foi um dos grandes porta-vozes da música brasileira na Europa, Ásia e América do Norte. Lecionou na Alemanha e no Rio de Janeiro, contribuindo de forma significativa para a formação de músicos e a difusão do piano brasileiro.
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Além de sua trajetória artística, dirigiu a Sala Cecília Meireles entre janeiro de 2017 e janeiro de 2019 e, em fevereiro de 2019, assumiu a presidência da Funarte, órgão responsável pelo desenvolvimento de políticas públicas de fomento ao teatro, circo, dança, música e artes visuais no Brasil. Também atuou como secretário de Cultura do Rio de Janeiro e dirigiu a Escola de Música Villa-Lobos. Durante sua gestão na capital, entre 1983 e 1988, fundou a Orquestra de Câmara da Cidade do Rio de Janeiro.
Em nota, o Ministério da Cultura lamentou a partida de Miguel Proença, ressaltando sua contribuição para a difusão do piano brasileiro. O velório de Miguel Proença será realizado no domingo (24), das 10h às 14h, na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro.