Ministério da Saúde reforça cuidados com a coqueluche
Só na cidade de São Paulo, o número de registros é quase doze vezes maior do que no ano passado. No Rio de Janeiro, o avanço da doença também é alarmante
A infecção nunca foi erradicada no Brasil. Entretanto, o último surto de coqueluche foi há uma década, quando o país teve mais de oito mil doentes.
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Este ano, a capital paulista chegou a 165 casos. Em 2023, foram apenas 14, um crescimento de mais de mil por cento. Já na cidade do Rio, em 2023, não houve nenhum registro, enquanto este ano já foram trinta e quatro.
A coqueluche é uma infecção causada por uma bactéria. Ela afeta as vias respiratórias que levam o ar até os pulmões.
Também é chamada de "tosse convulsa" porque um dos principais sintomas é a tosse com um som diferente, parecida com um assovio.
A doença é altamente contagiosa.
A transmissão acontece por meio do contato com a secreção do doente. As gotículas que se espalham pelo ar através da tosse ou espirro, por exemplo, são fontes de contaminação.
Segundo Gislani Mateus, superintendente de Vigilância em Saúde do Rio de Janeiro, no início da doença os sintomas são muito parecidos com os de um resfriado: uma febre baixa, uma tosse. No entanto, a coqueluche avança para uma piora muito grande dessa tosse que compromete o sistema respiratório.
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Além da tosse, os sintomas incluem: dificuldade respiratória, coriza, febre, mal-estar, falta de ar, cansaço extremo, vômitos, lábios e extremidades azuladas por causa da falta de ar. O paciente precisa ficar em repouso e em isolamento. O tratamento é feito com medicamentos que aliviam os sintomas. Em crianças, idosos e pacientes com comorbidades, a coqueluche pode se tornar mais grave, evoluindo para pneumonia e até parada respiratória. O Ministério da Saúde alerta que a vacina é a principal forma de prevenção e está disponível há mais de cem anos no Brasil.