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Metade das mulheres brasileiras foi vítima de assédio sexual no carnaval

Pesquisa mostra que 73% das mulheres têm medo de passar pelo abuso. Casos ocorrem principalmente entre mulheres negras

Metade das mulheres brasileiras foi vítima de assédio sexual no carnaval
Bloco Céu na Terra, na região central do Rio. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
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No Brasil, metade (50%) das mulheres foi vítima de assédio sexual durante o carnaval e 73% delas têm receio de passar por essa situação pela primeira vez ou novamente. A informação é de levantamento do Instituto Locomotiva e QuestionPro. Essas proporções são ainda mais altas entre mulheres negras, chegando, respectivamente, a 52% e 75%.

+ Não é Não: saiba o que fazer se for vítima de assédio no Carnaval

A pesquisa, que entrevistou 1.507 homens e mulheres com 18 anos de idade ou mais, entre 18 a 22 de janeiro deste ano, indica, ainda, outro dado importante: seis em cada dez mulheres (60%) percebem o carnaval de hoje tão arriscado quanto os do passado, em relação ao assédio sexual. De novo, há diferença entre a porcentagem de mulheres brancas (55%) e mulheres negras -, isto é, pardas e pretas -, (65%) que compartilham tal percepção. A sondagem é um retrato da realidade do Brasil como um todo, já que tem abrangência nacional.

Outro aspecto relevante diz respeito às campanhas de combate a esse tipo de crime. O que se constatou é que essas ações são tidas como fundamentais para quase todas as entrevistadas pelo instituto (97%).

Pelo levantamento, é possível obter informações relacionadas ao julgamento ou à falta dele, quando o assunto é a roupa da vítima de assédio. Uma parcela de 15% dos brasileiros ainda pensa que, se uma mulher sai para se divertir no carnaval com roupas curtas, é sinal de que está disponível para encontros sexuais. A proporção de brasileiros que discordam disso é de 68%, sendo maior entre mulheres (75%).

Segundo o Instituto Locomotiva e e QuestionPro, enquanto 81% dos brasileiros acham problemático um homem beijar uma mulher embriagada ou com roupas curtas, sem que ela dê consentimento, a proporção de mulheres com a mesma opinião é superior, atingindo 86%.

Apurou-se também que 86% dos brasileiros reconhecem que ainda há assédio sexual praticado no período da festa de rua e que acreditam que todos devem contribuir para coibi-lo. Uma parcela de 7% discorda dessas afirmações, sendo que 5% discordam totalmente.

Com informações da Agência Brasil.

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