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Mais de 20% dos brasileiros vivem em lares alugados, mostra Censo

Em 20 anos, proporção de pessoas que vivem de aluguel quase dobrou no país

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Em 2022, mais de um quinto da população brasileira vivia em imóveis alugados, um aumento significativo em relação a duas décadas atrás. Segundo o Censo Demográfico 2022, divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (12), 20,9% dos brasileiros residiam em lares alugados, frente a 12,3% em 2000 e 16,4% em 2010. Apesar disso, a maioria ainda mora em casas próprias: 72,7% têm domicílios quitados, herdados ou em financiamento.

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A pesquisa também revelou que 5,6% da população viviam em residências cedidas ou emprestadas, enquanto 0,8% estavam em condições diversas.

Estrutura dos lares

Os dados do IBGE indicam que 94,6% dos domicílios brasileiros têm paredes externas feitas de alvenaria ou taipa revestida. Apenas 0,004% das casas não possuem paredes, situação observada majoritariamente em comunidades indígenas.

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Mudança no número de cômodos

A proporção de domicílios com até três cômodos caiu de forma consistente, segundo o Censo, passando de 29,1% em 1970 para 9,0% em 2022, uma diferença de 20 pontos percentuais.

Para o IBGE, cômodos são todos os espaços cobertos por um teto e limitados por paredes (construção vertical que permite limitar, dividir ou vedar espaços) que sejam parte integrante do domicílio, inclusive banheiro e cozinha. Não são considerados cômodos os corredores, varandas e garagens.

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Em 2022, 0,2% da população residia em domicílios de apenas 1 cômodo, enquanto 1,5% residiam em domicílios de 2 cômodos. Os domicílios de 3 cômodos serviam de moradia a 5,3% da população; os de 4 cômodos, a 13,5% e os de 5 cômodos, a 29,2%. Os domicílios compostos por 6 a 9 cômodos abrigavam 44,4% da população, ao passo que os 5,9% restantes da população residiam em domicílios com 10 cômodos ou mais.

Acesso a bens e serviços

A pesquisa também destacou avanços na infraestrutura doméstica. A presença de máquinas de lavar roupas, por exemplo, mais que dobrou desde 2000, alcançando 68,1% dos lares. Contudo, disparidades regionais persistem: enquanto Santa Catarina lidera com 94,2% das casas equipadas, no Maranhão apenas 27% têm acesso ao equipamento.

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No quesito conectividade, 89,4% da população brasileira tem acesso à Internet em casa. Porém, comunidades indígenas ainda enfrentam desafios, com 44,5% sem conexão. O Distrito Federal registrou o maior índice de conectividade (96,2%), enquanto o Acre ficou na última posição (75,2%).

Embora o Brasil tenha avançado em infraestrutura e condições de moradia, dados do Censo evidenciam desigualdades significativas. Entre a população preta e parda, quase 42% não têm máquina de lavar em casa, e as taxas de acesso à Internet também são menores em comparação aos brancos e amarelos.

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