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Justiça bloqueia R$ 320 milhões em bens de Marcelo Crivella e outros por suspeita de corrupção na pandemia

Decisão atende a pedido do MP do Rio e aponta favorecimento em contratos emergenciais com empresa chinesa durante gestão de Crivella na prefeitura

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A Justiça do Rio de Janeiro atendeu o pedido do Ministério Público do estado (MP-RJ) e bloqueou R$ 320 milhões em bens do ex-prefeito Marcelo Crivella, de ex-integrantes da gestão municipal e de empresários acusados de envolvimento em irregularidades durante a pandemia da COVID-19.

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A ação civil pública por improbidade administrativa foi ajuizada pelas 3ª e 8ª Promotorias de Justiça de Tutela Coletiva da capital fluminense.

A decisão tem como base indícios de direcionamento para benefícios pessoais e valores altos em contratos com a empresa China Meheco Corporation, para a compra de equipamentos médicos e reestruturação hospitalar.

Segundo o MP-RJ, os acordos com a fornecedora chinesa foram direcionados por meio de licitação ou dispensa, com prejuízos aos cofres públicos estimados em R$ 68 milhões. O valor inclui compras acima da demanda, perdas com variação cambial e ausência de garantias técnicas.

Além de Marcelo Crivella, a ação envolve a ex-secretária de Saúde Ana Beatriz Busch Araújo, o ex-subsecretário Ivo Remuszka Junior, os empresários Bruno Cavalcanti e Bing Changbao, e quatro empresas: Z FU Consultoria Empresarial, China Meheco Corporation, Mayers Participações e Marzuk Projetos Especiais.

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O MP-RJ afirma que Bruno Cavalcanti recebeu R$ 36,9 milhões em comissões da fornecedora chinesa antes da formalização dos contratos.

Para os promotores, o pagamento encobria repasses de propina em troca de favorecimento.

Cavalcanti também é apontado como arrecadador de caixa dois da campanha de Crivella em 2016 e teria participado da estruturação dos contratos, mesmo sem ocupar cargo público.

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A decisão judicial destaca falta de planejamento, pagamentos em dólar sem proteção cambial e redução irregular de garantias técnicas como justificativas para o bloqueio dos bens dos nove réus.

O jornalismo do SBT procurou a defesa de Marcelo Crivella, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. A defesa dos demais envolvidos e empresas citadas na decisão não foram encontrados até o momento para comentar a decisão judicial.

*A primeira versão deste texto informava que o valor total do bloqueio judicial foi de R$ 200 milhões, de acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro. No entanto, o órgão corrigiu a informação para R$ 320 milhões. O texto foi atualizado às 18:34.

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