Investigação aponta possível negligência de laboratório responsável por teste de HIV no RJ
Data de validade não checada pode ter causado erro em resultados antes de transplantes
Uma das linhas de investigação da Polícia Civil no caso dos transplantados infectados com HIV no Rio de Janeiro analisa se houve negligência no controle de qualidade do laboratório PCS Labs.
Os órgãos foram considerados livres do vírus causador da Aids e liberados para os transplantes em seis pacientes, que posteriormente descobriram que estavam infectados. O caso foi divulgado na última sexta-feira (11).
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Segundo o delegado André Neves, as investigações detectaram negligência na checagem da validade dos produtos químicos que reagem com o sangue contaminado e indicam a presença do vírus. Caso estejam fora da validade, esses insumos podem ser ineficazes na detecção do HIV e resultar em um falso negativo.
“Houve quebra do controle de qualidade que visou o lucro, deixando de lado a segurança dos testes”, disse o delegado, que é diretor do Departamento de Polícia Especializada da Polícia Civil.
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Nesta segunda-feira (14), a polícia cumpriu dois de prisão e 11 de busca e apreensão. Um dos sócios e responsável técnico do laboratório, Walter Vieira, e um dos responsáveis pelos laudos errados, Ivanilson Fernandes dos Santos, foram detidos pela Operação Verum, conduzida pela Delegacia do Consumidor (Decon). Outros dois alvos de mandado de prisão estão foragidos.
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Outras hipóteses estão sendo investigadas pela polícia, inclusive a emissão de laudos falsos. A Polícia Federal também instaurou um inquérito, no domingo (13).
