Latrocínios aumentam em Espírito Santo, Rio de Janeiro e Roraima; confira situação nos estados
No país todo, número de vítimas de roubo seguido de morte diminuiu 22,1% na comparação de 2023 com 2022
O índice de latrocínios – roubos seguidos de morte – caiu cerca de 22,1% em todo o país em 2023, se comparado com 2022. É o que aponta o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado na última quinta-feira (18). Apesar da queda nacional, Espírito Santo, Rio de Janeiro e Roraima registraram um aumento nesse tipo de crime.
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Este ano, o Brasil registrou uma nova queda no número de latrocínios. Em 2022, foram registrados 1243 casos e, no ano passado, 981. Goiás e Sergipe lideraram o ranking de estados que conseguiram a maior redução neste tipo de crime, ambos notificando 54,5% casos a menos que em 2022.
Na contramão dos outros 23 estados e do Distrito Federal, em 2023, o Espírito Santo registrou 32 casos de latrocínio, um crescimento de 14,3% se comparado ao ano anterior. Rio de Janeiro notificou 65 vítimas do crime, uma alta de 1,6%. Já Roraima informou 9 roubos seguidos de morte, aumentando 28,6%, em relação a 2022.
No estudo anterior, 7 estados haviam apresentado aumento no número de roubos seguidos de morte: Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e São Paulo.
Entre as capitais, Belo Horizonte, Boa Vista, Curitiba, Palmas e Recife foram as únicas que registraram um aumento no índice de latrocínios em 2023.
O Anuário Brasileiro de Segurança Pública também fez uma análise do perfil das pessoas vítimas de latrocínio.
Apesar de a maioria das vítimas serem homens (87,9%), esse crime representa a menor proporção das mortes violentas de homens. As Mortes Violentas Intencionais (MVI) compreendem, além do latrocínio, os crimes de homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenção policial fora e em serviço.
Já na análise de cor/raça, negros sofreram 78% das mortes violentas, mas a menor proporção de negros vítimas é verificada nos latrocínios, embora ainda sejam a maioria, com 60,9% dos casos.
Em 2023, não foram registrados casos de roubos seguidos de morte entre crianças de 0 a 11 anos. E, entre menores de idade, na faixa etária 12 a 17 anos, foram notificados 16 casos – cerca de 1,6% dos crimes.
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O instrumento que mais provocou mortes por latrocínio foram as armas de fogo, com 58,7% dos registros. Logo atrás, vêm as mortes por arma branca (24,3%), outro (7,6%), agressão (6,8) e objeto contundente (2,6%).
Mais uma vez, as vias públicas foram os locais onde mais aconteceram roubos seguidos de morte em 2023, correspondendo a 45,9% das notificações. Residências somaram 30,4%. Na sequência, estabelecimentos comerciais/financeiros (6,8%), sítios e fazendas (3,6%), por fim, hospitais e áreas rurais, com 2,3% cada. Outros locais somaram 8,7% dos registros.
Em todo o país, o número de Mortes Violentas Intencionais diminuiu 3,4%, uma queda maior do que a registrada de 2021 para 2022, de 2,2%.