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Incêndios no Pantanal: condição climática dificulta ação de combate ao fogo

Um dos principais obstáculos dos militares nos últimos dias é o vento, que, pela intensidade e direção, atrapalha os trabalhos e ajuda a espalhar o fogo

Incêndios no Pantanal: condição climática dificulta ação de combate ao fogo
Segundo o Governo do Mato Grosso do Sul, no momento há 5 pontos principais de fogo | Álvaro Rezende/Governo de MS
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Os incêndios no Pantanal completam 96 dias neste domingo (7) e o trabalho para conter o fogo na região continua. Segundo o governo do Mato Grosso do Sul (MS), no momento há 5 pontos principais de fogo, que são: Nabileque, Paraguai Mirim, Nhecolândia, Abobral e Morro do Cruzeiro.

Um dos principais obstáculos nos últimos dias é o vento, que, pela intensidade e direção, atrapalha os trabalhos e ajuda na propagação do fogo. Na região do Nabileque, um dos locais mais preocupantes, as fagulhas e o fogo se espalharam de forma rápida devido à ventania.

+ Pantanal poderá ter crise hídrica histórica em 2024, aponta estudo

O tenente do Corpo de Bombeiros do MS Randolfo Rocha, que está no comando da operação há vários dias, fez sua avaliação do cenário.

"Realizamos os combates diretos, serviço de monitoramento e, por ora, conseguimos controlar os focos mais avançados, mas há alguns que continuam. Chega agora um vento sul, com rajadas de mais de 44 km por hora, o que pode evoluir alguns focos. Por isso, estamos vigilantes para realizar o combate, se precisar."

+ Avião da FAB já lançou mais de 200 mil litros de água no Pantanal para combater incêndios

Com a ajuda da Força Nacional e de militares do Distrito Federal, boa parte do fogo já foi controlado. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), usado para ajudar a combater os incêndios, já lançou mais de 248 mil litros de água na região.

Até o momento foram utilizados 446 bombeiros do Mato Grosso do Sul e, hoje, contam com o reforço de 82 militares da Força Nacional e mais 233 brigadistas do Ibama.

Para as ações de campo, há 39 veículos, entre caminhonetes, caminhões e lanchas.

Maior destruição da história

Entre janeiro e junho, o Pantanal teve o pior primeiro semestre da história em termos de destruição do bioma, com 3.538 focos de incêndio consumindo 700 mil hectares.

Até a última terça (2), a área atingida pelo fogo chegou a 712 mil hectares, o que corresponde a 4,72% do Pantanal. Antes, o pior primeiro semestre da série histórica era o de 2020, com 2.534 focos.

Um estudo recente da organização MapBiomas mostrou que cerca de 9% da vegetação do bioma pode ter sido degradada por incêndios nos últimos cinco anos.

O mês de junho de 2024 teve a maior média de área queimada no Pantanal, nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na série histórica, em vigor desde 2012 e estudada pelo Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais, do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Lasa-UFRJ).

Em 30 dias, incêndios destruíram mais de 411 mil hectares do bioma. Já a média histórica representa cerca de 8 mil hectares. O período de seca, de maio a setembro, deve piorar ainda mais a situação. De acordo com a WWF-Brasil, a estiagem pode ser a mais grave de história.

A Polícia Federal (PF) investiga a origem do fogo em algumas localidades do bioma. A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, já afirmou que 85% dos incêndios ocorrem em propriedades privadas.

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