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Brasil

Governo da Bahia pede que Polícia Civil investigue ação da PM que deixou 12 mortos

Operação da Polícia Militar ocorreu no subúrbio de Salvador, após moradores denunciarem suposta guerra entre facções; governo cita "exagero de policiais"

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Armas apreendidas durante operação na Bahia | Foto: Divulgação
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O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, pediu nesta quarta-feira (5) que a Polícia Civil investigue um "possível exagero" da Polícia Militar na operação que terminou com 12 suspeitos de integrar uma facção criminosa mortos, em Fazenda Coutos, no subúrbio de Salvador, na terça-feira (4). +Confronto com a Polícia Militar deixa 12 mortos em Salvador

"Pedimos que um estudo seja feito para verificar se houve algum exagero por parte da polícia", afirmou Rodrigues. "O estudo está em andamento para esclarecer a situação", completou.

A operação policial aconteceu após relatos de uma invasão promovida por um grupo armado de uma organização criminosa na região de Fazenda Coutos.

"Essa comunidade foi violentada e, durante dois dias, os moradores denunciaram a situação à polícia. A inteligência identificou, por meio de câmeras, uma disputa entre duas facções. Uma delas, ao se declarar vencedora, tentou impor regras, proibindo a circulação de pessoas”, disse o governador.

Durante as diligências, a polícia apreendeu duas submetralhadoras, oito pistolas, dois revólveres, além de munições e carregadores. Os homens baleados foram levados ao Hospital do Subúrbio, mas não resistiram. Até o momento, a identidade das vítimas não foi divulgada. +Jogador do Red Bull Bragantino é transferido de hospital nesta quinta (6)

Investigação

Após a chacina, o Ministério Público (MP) da Bahia instaurou um procedimento para investigar a atuação da Polícia Militar. A apuração ficou sob responsabilidade dos Grupos de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp). +Caso Vitória: "Ex-namorado estava perto do cenário do crime", diz polícia

Na quarta-feira (5), o MP se reuniu com as Secretarias de Segurança Pública (SSP) e de Justiça e Direitos Humanos (SJDH), além do comando das polícias Militar e Civil, para discutir os próximos passos das investigações sobre a intervenção policial.

Dados levantados pelo Instituto Fogo Cruzado mostram que a ação policial foi a 100ª chacina registrada em Salvador e na Região Metropolitana desde o início do monitoramento, em julho de 2022. Desse total, 67% envolveram policiais, resultando em 261 mortes.

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