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Governador do RJ manda afastar responsáveis por autorizar operação da PM que matou jovem em festa junina

Mais cinco pessoas ficaram feridas após serem baleadas; um adolescente de 16 anos estava entre as vítimas

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Grupo faz manifestação pela morte de Herus | SBT
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O Governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, determinou, neste domingo (8), o "afastamento imediato dos responsáveis por autorizar a operação" do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) em uma festa junina na comunidade do Santo Amaro, no Catete, zona sul da capital carioca.

Foram exonerados os comandantes André Luiz de Souza Batista, do Comando de Operações Policiais Especiais (COE) e do coronel Aristheu de Góes Lopes, do Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE), além do afastamento preventivo dos policiais envolvidos na ação.

A ação deixou um jovem de 24 anos morto e cinco pessoas baleadas, incluindo um adolescente de 16. Herus Guimarães Mendes trabalhava como office boy em um escritório e era pai de um filho. Ele chegou a ser socorrido em estado grave e foi submetido a tentativas de reanimação.

O afastamento de Castro foi anunciado nas redes sociais. Ele pediu que as investigações sejam "feitas com extremo rigor e agilidade, também por parte da Polícia Civil e da Corregedoria Interna da PM".

"Me solidarizo com os familiares e amigos do jovem Herus Guimarães Mendes e das outras vítimas que foram atingidas durante a festa. Sei que palavras não vão trazer ninguém de volta e nem diminuir a dor de se perder um ente querido, mas fica aqui a minha tristeza e indignação", afirmou Castro.

O Governador também afirmou que as imagens gravadas em câmeras corporais dos policiais serão disponibilizadas para serem apuradas.

Festa junina

A festa em Santo Amaro ocorre há quase 40 anos e esta edição estava sendo organizada desde março, o que revoltou moradores da região.

"Só tinha criança dançando. Nem funk tinha. Como (a polícia) tem um setor de inteligência é comete uma burrice dessas?", questionou um morador.

A Polícia Militar informou, em nota, que a ação ocorreu em caráter "emergencial" para combater criminosos fortemente armados". O Ministério Público afirmou que a operação foi avisada ao órgão.

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