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Força Nacional será enviada ao MS para atuar nos conflitos entre indígenas e fazendeiros

Autorização do Ministério da Justiça e Segurança Pública foi publicada nesta quarta

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Agentes da Força Nacional de Segurança serão enviados ao Mato Grosso do Sul para atuar nas ações de preservação das aldeias indígenas do Cone Sul e nas fronteiras do estado após autorização do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

A medida, que está na Portaria nº 726 assinada pelo ministro Ricardo Lewandowski e publicada no Diário Oficial da União desta quarta-feira (17), permite que a tropa federativa atue pelos próximos 90 dias, junto com a Polícia Federal (PF) e em articulação com os órgãos de segurança pública do estado.

+ Em 2024, Força Nacional já apreendeu R$ 1,1 milhão e 5,7 toneladas de metais preciosos em terras indígenas

O número de agentes que serão enviados não foi divulgado.

Entenda

Desde o fim de junho, a briga fundiária no estado se intensificou quando grupos indígenas que aguardam a conclusão dos processos demarcatórios de áreas já reconhecidas começaram o que chamam de “retomada” das terras originalmente dos seus povos. No entanto, produtores rurais que afirmam ser os donos legais das terras atacaram os indígenas para expulsá-los das áreas.

No último fim de semana, ocorreram ao menos dois ataques a grupos guarani e kaiowá no Mato Grosso do Sul. Ao menos dois indígenas foram atingidos por tiros durante tentativa de retirar os grupos das áreas ocupadas.

O primeiro caso foi registrado no sábado (13), na cidade de Douradina, e o segundo no domingo (14) na Terra Indígena Dourados-Amambaipegua I, que abrange parte dos territórios das cidades de Amambai, Caarapó e Laguna Caarapã.

Nas últimas semanas, a Força Nacional de Segurança Pública também foi solicitada para o Paraná e Rio Grande do Sul onde foram registrados conflitos semelhantes. Nesta segunda-feira (15), o Ministério da Justiça já havia autorizado o envio da Força Nacional para o estado gaúcho, onde os agentes da tropa federativa atuarão em quatro áreas da União destinadas ao usufruto exclusivo indígena.

Além disso, os ministérios dos Povos Indígenas e dos Direitos Humanos designaram servidores para o Mato Grosso do Sul e ao Paraná com o objetivo de “mediar os conflitos fundiários” que culminaram na série de ataques contra os indígenas.

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