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Falta de medicamento para epilepsia afeta pacientes em todo o país

Clobazam, remédio essencial no tratamento da epilepsia, está em falta nas farmácias e postos de saúde desde o fim de 2024

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Pacientes que sofrem de epilepsia estão enfrentando dificuldades com a falta de medicamentos. Um dos principais remédios utilizados no tratamento da doença desapareceu das farmácias e postos de saúde após o laboratório responsável interromper a produção.

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Na tentativa desesperada de manter o filho vivo, Ana Maria Firmino busca alternativas por todos os lados. Ela recorreu às redes sociais e pediu ajuda a amigos:

"Tiveram amigos nossos que se propuseram a buscar no interior, mas não tem também".

O que ela procura é um medicamento à base de Clobazam, um anticonvulsivo fundamental para o tratamento do filho Miguel, que tem epilepsia desde os três meses de idade. O controle das crises só foi possível com o uso contínuo da medicação, agora em falta nas farmácias.

"Vai acontecer. Ele vai convulsionar. Tem o risco de morte súbita. A gente já sabe. Tem risco mesmo tomando, imagina sem medicação", disse Ana.

A epilepsia afeta o sistema nervoso central e a interrupção do tratamento pode trazer sérias consequências. No caso do Clobazam, não há nenhum medicamento similar para substituição.

Segundo a neurologista infantil Letícia Brito Sampaio, a escassez dos medicamentos começou no fim do ano passado:

"Tá faltando no Brasil inteiro. Isso veio se agravando. [...] A gente não pode ficar quieto com isso porque é muito grave para essas pessoas que têm epilepsia e dependem dessa medicação."

A Associação Brasileira de Epilepsia entrou com uma ação no Ministério Público para pedir a normalização do fornecimento dos medicamentos.

Em nota, a Anvisa afirmou que "não possui instrumento legal que impeça os laboratórios de retirarem os medicamentos do mercado."

O Ministério da Saúde informou que "até o momento, não houve notificações oficiais de desabastecimento."

Já a Secretaria de Saúde de São Paulo declarou que "desde o final do ano passado está recebendo o medicamento em quantidade insuficiente do fornecedor."

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