Publicidade
Brasil

Estado de SP confirma primeiro caso de gripe aviária em criação doméstica

Detecção aconteceu em duas galinhas próximo a Parelheiros; no mesmo dia, outro caso foi detectado em Sorocaba, no interior do estado

Imagem da noticia Estado de SP confirma primeiro caso de gripe aviária em criação doméstica
Caso de gripe aviária é identificado em criação particular de galinhas, em Parelheiros | Divulgação/Governo de SP
Publicidade

O estado de São Paulo confirmou o primeiro caso de gripe aviária em duas galinhas de uma criação particular próxima a Parelheiros, região metropolitana.

+ Brasil se declara livre de gripe aviária após 28 dias sem novos casos em granjas comerciais

Segundo a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), o foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) foi identificado após exames realizados pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) em 11 de julho.

A pasta informou ainda que, além da identificação do foco, houve o sacrifício de outras dez aves que conviviam com os animais infectados e também descarte apropriado e desinfecção do local.

+ Gripe aviária no Brasil: Posso ser contaminado? O vírus pode virar uma pandemia? Entenda riscos

A área ao redor da propriedade não abriga estabelecimentos avícolas comerciais e passará por vigilância ativa em um raio de 10 km para detectar possíveis sinais clínicos em propriedades.

Outro caso foi detectado no mesmo dia

Outro caso foi detectado, no mesmo dia, em Sorocaba, interior de São Paulo.

Um peru ornamental testou positivo para o vírus em um condomínio com cerca de 200 aves. Houve abate das aves que tiveram contato com o animal infectado. A secretaria determinou ainda novas ações de vigilância sanitária no local.

No Brasil, ainda não há registros, até o momento, de casos da doença em humanos.

Gripe aviária pode ser transmitida para humanos?

A gripe aviária é causada pelo vírus H5N1, um subtipo do vírus influenza A. Conhecida por sua alta capacidade de provocar surtos letais em aves, a IAAP já circula globalmente desde 2006, com maior incidência na Ásia, África e norte da Europa.

De acordo com o infectologista Marcelo Neubauer, apesar de ser parecido com o vírus da gripe, ele é pouco comum entre os seres humanos.

"Não existe um risco de uma epidemia grande ou uma pandemia", pontua.

Desde o início de sua circulação global, foram notificadas à OMS mais de 950 infecções humanas causadas pelo vírus H5N1 no mundo, sendo que cerca de metade dos casos resultou em mortes.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) destacou que o risco de infecção em humanos é considerado baixo. Casos de contaminação geralmente envolvem profissionais com contato direto e prolongado com aves infectadas, como tratadores e trabalhadores de granjas.

"Em sua maioria, [a infecção humana] ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)", informa a pasta.

O Mapa também garantiu que não há necessidade de restrições alimentares.

“A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados.”

Como se prevenir?

Para a população em geral, os principais cuidados incluem:

  • Evitar contato com aves silvestres ou doentes, especialmente em regiões com focos confirmados;
  • Não manipular aves mortas ou com sintomas sem proteção adequada;
  • Lavar bem as mãos após contato com animais ou ambientes rurais;
  • Consumir apenas produtos de origem animal inspecionados e certificados.

Profissionais do setor avícola devem seguir os protocolos de biossegurança, como uso de equipamentos de proteção individual (EPIs) e desinfecção de instalações.

Publicidade

Assuntos relacionados

Gripe aviária
Saúde
Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade