Estádio Olímpico é reaberto para receber doações no Rio Grande do Sul
Antigo estádio do Grêmio fica em região que não foi atingida por alagamentos
A mobilização para entrega de donativos que chegam ao Rio Grande do Sul atravessa fronteiras e une rivais. Depois de anos fechada, a antiga casa do Grêmio, o estádio Olímpico, no bairro da Azenha, reabriu suas portas, mas desta vez, não para o futebol, e sim, para uma das partidas mais importantes da história do Rio Grande do Sul.
"Num momento muito difícil, porque a nossa sede atual, a arena, está daquela maneira, completamente alagada. A gente volta pra nossa casa, nossa velha casa, que nos recebe de braços abertos, uma região que não foi atingida. Então é um ponto estratégico da cidade", afirma Luiz Jacomini, diretor de Responsabilidade Social do Grêmio.
A estudante Luisa Dalle Mulle, que é torcedora do Grêmio, frequentou muito o estádio Olímpico, onde tem muitas memórias. Agora, ela revisita a antiga casa tricolor como voluntária na maior tragédia do estado.
"É um baita momento estar aqui e poder estar ajudando nesse momento tão importante. Eu vim pra cá no sábado passado e desde então ficamos aqui. Eu vim porque eu ouvi na rádio que o Olímpico estava recebendo doações e a gente veio ser voluntário, estamos aí ajudando quem precisa nesse momento tão complicado", afirma Luisa.
Os portões onde antigamente entravam os torcedores, agora, entram doações a todo o momento. Não há rivalidade, e sim, união e muita solidariedade.
"Se vier o colorado está tudo bem, porque nesse momento a solidariedade é que importa, e a gente se ajudar e ser empático com o outro", diz Luiza.
Luiz Jacomini afirma ainda que Grêmio e Inter estão conversando para uma ação conjunta.
"O futebol fica por uma outra hora. Agora a gente precisa se unir. Eu fiquei conversado com o Inter também. A gente está trabalhando pra preparar alguma coisa mais pra frente, juntos, pra convocar toda a torcida gaúcha pra poder ajudar a estender a mão pros nossos irmãos de todos os pontos de estado", diz.