Escola e academia se tornam abrigos durante tragédia em Porto Alegre
Enchentes transformam espaços em esperança graças a mobilização de voluntários
Eduardo Pinzon
Joellen Soares
A solidariedade com as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul, que já deixaram 126 mortos e tiraram 411 mil pessoas de suas casas, se manifesta de diversas maneiras. Uma academia de jiu-jitsu e uma escola particular foram transformadas em abrigos.
Em Porto Alegre, uma escola particular suspendeu as aulas e convocou um batalhão de voluntários para ajudar. Em meio aos livros da biblioteca, a triagem seleciona as peças de roupas para adultos. Para Cláudia Bernardes, voluntária, é uma "benção" que um lugar tão sagrado como a escola tenha sido escolhido para abrigar aqueles que precisam de ajuda.
Na capital gaúcha, uma academia também ganhou forma de abrigo. São pelo menos 100 pessoas no local. Jussara relata que a água chegou até o joelho e que tiveram que pedir socorro por horas até serem resgatados.
Para os voluntários, fazer essa troca de ajuda é essencial, e o simples ato de ouvir faz toda a diferença para aqueles que perderam tudo. Eles expressam esperança e determinação em superar essa adversidade, como afirmou um dos moradores: "Vamos vencer, somos como a palmeira, que mesmo quando o vento sopra forte, permanece de pé".