Entregadores criticam narrativa de que são "empreendedores" durante manifestação em SP
Greve Nacional dos motoboys reivindica reajuste nos valores de entrega e regulamentação da relação trabalhista com aplicativos
Fernanda Trigueiro
Entregadores de aplicativo realizam uma greve nacional em busca de melhores condições de trabalho. A paralisação acontece nesta segunda-feira (31) e amanhã e terá várias manifestações, motociatas, carreatas e pedaladas em diversas cidades.
Alguns dos manifestantes se reuniram no Espaço Motoboy em Barueri, Região Metropolitana de São Paulo. Os organizadores da greve criticam a narrativa de que os trabalhadores são "empreendedores" e afirmam que, na prática, enfrentam uma relação de trabalho desigual e precarizada.
Uma das principais reivindicações da categoria é o aumento das taxas repassadas pelos aplicativos como iFood, Rappi, Uber e 99Táxi. Os trabalhadores pedem um valor mínimo de R$ 10 por entrega e um acréscimo de R$ 2 por quilômetro rodado.
Atualmente, o valor médio pago por entrega é de R$ 6,50, enquanto para o serviço de mototáxi em plataformas como Uber e 99, a tarifa é de R$ 4,30. Além disso, os entregadores que utilizam bicicletas exigem a limitação da distância das entregas a, no máximo, 3 km.
