Dorival Júnior se refere a Robinho como “pessoa fantástica”, mas aprova condenação
Em coletiva antes de duelo contra a Inglaterra, Técnico da Seleção Brasileira se solidarizou com vítima e relembrou da convivência com o ex-jogador
Samir Mello
Técnico da Seleção Brasileira, Dorival Júnior concedeu entrevista coletiva de imprensa antes do duelo contra a Inglaterra, que acontece neste sábado (23), às 16h. Apesar do tamanho da partida e de sua estreia no comando da equipe, um dos assuntos mais aguardados eram as condenações do ex-jogadores Robinho e Daniel Alves por estupro.
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Ao comentar o assunto, Dorival Júnior relembrou sua convivência com Robinho, se solidarizou com as vítimas e seus familiares, e cobrou punição em outros casos de violência sexual. “Como treinador da Seleção, tenho obrigação de me manifestar. Primeiro, acho que é uma situação muito delicada. O Robinho foi meu atleta, uma pessoa fantástica, um profissional desses, dentro da nossa convivência, acima da média. Não tive oportunidade de trabalhar com o Daniel, mas a história dele dentro do futebol todos nós conhecemos”, afirmou.
“É um momento difícil para nós expressarmos todas e qualquer situação. Primeiro, eu penso nas famílias das pessoas envolvidas e principalmente das vítimas envolvidas nesses episódios, que acontecem diariamente no nosso país e em todo mundo e que, de repente, não são abordados, são abafados porque as pessoas não têm voz. Se houve realmente e comprovado algum tipo de crime, ele tem que ser penalizado. Por mais que doa no meu coração falar disso a respeito de uma pessoa com quem tive um convívio excepcional”, continuou.
Dorival e Robinho trabalharam juntos no Santos durante a temporada de 2010, quando foram campeões paulistas e da Copa do Brasil.
“Eu olho muito mais pelas vítimas, pelas famílias, assim como por suas famílias também, eu sei o quão doloroso deve ter sido a cada uma delas que passam por um momento como esse. Não desejo isso a ninguém, sinto por tudo o que passarão a partir de então em suas vidas, todos os que estão envolvidos, o que posso fazer é ajudá-los em orações, nada além disso. É o sentimento que fica. Gostaria de dizer que não só esses casos, mas milhares acontecem ao longo dos dias e da nossa sociedade, infelizmente, se omite da grande maioria. Precisamos penalizar também esses casos que não são expostos e acontecem com frequência”, concluiu.