Desmatamento em terras protegidas na Amazônia é o menor registrado em 9 anos, diz Imazon
Mesmo assim, bioma perde o equivalente a 1,1 mil campos de futebol por dia
Áreas protegidas na Amazônia registraram o menor desmatamento em nove anos. Em 2023, 386 km² foram devastados em terras indígenas e unidades de conservação. O território é quatro vezes menor que o registrado em 2022, quando 1.431 km² foram arrasados, o equivalente a quase o tamanho do estado de São Paulo.
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A conclusão é do instituto de pesquisa Imazon, que monitora as áreas por imagens de satélite.
Veja o desmatamento em áreas protegidas de janeiro a dezembro, em km²:
- 2023: 386
- 2022: 1.431
- 2021: 1.460
- 2020: 1.369
- 2019: 1.222
- 2018: 721
- 2017: 418
- 2016: 642
- 2015: 520
- 2014: 513
- 2013: 178
- 2012: 271
Para o coordenador do Programa de Monitoramento da Amazônia, Carlos Souza Jr, “essa redução expressiva do desmatamento em áreas protegidas é muito positiva, pois são territórios que precisam ter prioridade nas ações de combate à derrubada. Isso porque, na maioria das vezes, a devastação dentro de terras indígenas e unidades de conservação significa invasões ilegais que levam a conflitos com os povos e comunidades tradicionais que residem nesses territórios”.
Vale pontuar que, mesmo com a redução nas terras preservadas, alguns territórios indígenas registraram aumento em suas áreas devastadas. É a situação na terra Igarapé Lage, em Rondônia, onde o desmatamento cresceu 300%. Em 2022, foram 2km² para, em 2023, 8km².
Nas terras indígenas Waimiri Atroari e Yanomami, ambas em Roraima, a devastação passou de 1km² para 4km² e de 2km² para 5km², respectivamente.
Além das áreas protegidas, houve redução no desmatamento geral do espaço, que passou de 10.573 km² registrados, em 2022, para 4.030 km², em 2023. Sendo a menor marca em cinco anos, com diminuição de 62%.
No entanto, ainda há muito que fazer. Neste momento, cerca de 1,1 mil campos de futebol são desflorestados por dia, o que é superior à média registrada por ano entre 2008 a 2017
Segundo a Imazon, um dos principais pontos preocupantes em relação ao ano passado foi a degradação ter crescido de forma consecutiva de outubro a dezembro. O instituto aponta que a causa está associada com a seca e o aumento das queimadas.
Veja o desmatamento acumulado de janeiro a dezembro, em km²:
- 2023: 4.030
- 2022: 10.573
- 2021: 10.362
- 2020: 8.058
- 2019: 6.200
- 2018: 5.078
- 2017: 2.607
- 2016: 3.641
- 2015: 3.098
- 2014: 2.995
- 2013: 1.144
- 2012: 1,769
- 2011: 1.415
- 2010: 1.488
- 2009: 1.887
- 2008: 2.259