Debate no Senado conta apenas com apoiadores de projeto que equipara interrupção da gravidez a homicídio
Além de simulações com fetos de plástico, plenário principal da casa recebeu performance de atriz sob ponto de vista do feto
O plenário principal do Senado recebeu, nesta segunda-feira (17) uma sessão para discutir um procedimento legal de interrupção de gravidez. O “debate”, no entanto, contou apenas com representantes e entidades da sociedade civil favoráveis a restrições para a chamada assistolia fetal.
Entre as manifestações, falas em apoio ao PL 1.904/24, que equipara o aborto de gestação de 22 semanas ao homicídio simples, encenações e simulações de aborto com fetos de plástico.
Em determinado momento, uma atriz fez uma encenação falando do aborto sob o ponto de vista de um feto.
Eduardo Girão (Novo-CE), um dos senadores mais ativos na causa contra o aborto e conhecido por carregar consigo fetos de plástico, foi o organizador da sessão. Em sua fala, críticas contra o Supremo Tribunal Federal e sobre a legitimidade de interromper a gravidez acima das 22 semanas.
“A barriga, o ventre começa a crescer, a mulher começa a mudar. Precisa esperar, depois de um estupro, até as 22 semanas para fazer o procedimento para o qual não existe a pena – do aborto em caso de estupro? Não é aborto legal, esse é um termo que é utilizado e equivocadamente”, declarou Girão.