Como saber se estou comprando por impulso? Veja dicas para evitar esse hábito
Em janeiro, grandes lojas costumam aderir às liquidações e muitas pessoas podem fazer compras sem pensar. Entenda
Wagner Lauria Jr.
No mês de janeiro, período que marca o fim das festas de final de ano, grandes lojas costumam aderir às liquidações e muitas pessoas podem fazer compras por impulso.
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Segundo o último estudo realizado pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e o SPC Brasil, em parceria com o Sebrae, 44% das compras realizadas pela internet no Brasil são feitas dessa forma.
Dentre os principais gatilhos para comprar impulsivamente, o doutor em psicologia e fundador do Instituto Suassuna, Danilo Suassuna menciona as promoções e publicidade.
"Essa ilusão de oferta, desconto atraente ou a garantia que a pessoa terá uma vantagem pode ser um gatilho muito grande para compra por impulso", disse
Veja outras situações comuns que podem acontecer e como lidar:
Comprar e se arrepender
Um fator indicativo importante de que uma compra foi feita por impulso é o arrependimento ou remorso, de acordo com Danilo Suassuna, doutor em psicologia e fundador do Instituto Suassuna.
É importante lembra que caso você tenha se arrependido de sua compra e queira voltar atrás, é possível ter um reembolso, dependendo do caso. O prazo é de 7 dias e está previsto no Código de Defesa do Consumidor. A medida vale para compras ou contratação de um serviço feito pela internet, telefone, catálogo, reembolso postal ou vendedor na porta de casa, isto é, fora da loja ou escritório comercial.
Falta de uso
Quando a pessoa adquire produtos que nunca ou raramente ela vai utilizar. Para o especialista, esse é a consequência principal para as compras feitas por impulso.
"Você compra coisas para sua cozinha, para sua sala, que muitas vezes acabam ficando parados", disse
Influência do humor
Suassuna destaca que o humor exerce uma influência quando o ato de comprar vira uma forma de resolver o problema emocional vivenciado pela pessoa naquele momento.
Emoções como tristeza, stress e baixa autoestima são as principais. Nesses casos, as pessoas esperam que o ato da compra "resolva seus problemas.
Pressão social e facilidade de compra
É preciso tomar cuidado para não sofrer influências sociais, já que, em muitos casos, esse é o fator que faz com que as pessoas comprem coisas de que não precisem.
Além disso, como diagnosticou o estudo feito pela CNDL, a acessibilidade de compra proporcionada pela internet facilita o hábito.
Como lidar com isso?
O ideal é sempre refletir antes de comprar para criar consciência. Além disso, tomar cuidado para não sofrer influências sociais.
"Quais são as coisas que eu desejo? Tem alguma coisa que dá para esperar? Acompanhar o preço também pode ser uma tarefa importante para entender em que momento eu posso ou não fazer a compra", disse Suassuna.
Em alguns casos, é importante procurar uma rede apoio, como família e amigos, por exemplo, que ajude a interromper o gatilho.
Suassuna destaca que as pessoas, geralmente, procuram ajuda especializada nos casos em que há prejuízo financeiro ou nos relacionamentos.