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Ciclone extratropical no RS destelha igreja e derruba pipas de vinho; 12 cidades registram danos

No município de Flores da Cunha, o mais atingido pelo temporal, mais de 5 mil pessoas estão sem energia elétrica

Imagem da noticia Ciclone extratropical no RS destelha igreja e derruba pipas de vinho; 12 cidades registram danos
Alfredo Chaves, no interior da cidade de Flores da Cunha (RS), foi localidade mais afetada pelo temporal | Divulgação/Prefeitura de Flores da Cunha

O forte temporal que atinge o Rio Grande do Sul por causa da passagem de um ciclone extratropical afeta diversas cidades gaúchas na manhã desta terça-feira (9). As rajadas de vento causadas pelo fenômeno desde segunda-feira (8) destelharam casas e uma igreja, derrubaram pipas de vinho e destruíram um ginásio no município de Flores da Cunha (RS).

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Segundo a Defesa Civil estadual, outras 11 cidades reportaram danos como destelhamento de casas, falta de energia elétrica e quedas de árvores (veja lista completa abaixo).

Em Flores da Cunha, cidade gaúcha mais afetada pelo temporal, cerca de 60 casas foram atingidas e mais de 5 mil pessoas estão sem energia elétrica. Na localidade de Alfredo Chaves, no interior do município, a quadra de esportes da comunidade foi destruída, a Capela São João Batista ficou destelhada e três vinícolas e outros estabelecimentos foram atingidos.

O ciclone ainda causou danos em estufas, derrubou mais de 20 parreirais e impactou o refeitório de uma escola e o hospital do município. Não há registro de feridos, segundo a prefeitura.

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A Defesa Civil estadual divulgou um boletim informando que 12 cidades gaúchas reportaram danos como destelhamento de casas, quedas de árvores e falta de energia. Veja lista abaixo:

  • Antônio Prado: danos em telhados de quatro residências e queda de árvores. Bombeiros voluntários fazem entrega de lonas e corte de árvores.
  • Barão: falta de energia elétrica em todo município, além de fogo em uma residência (informações preliminares apontam curto após a reativação da energia). Família foi alojada em outra residência.
  • Estrela: o telhado de um galpão atingiu a rede de energia de Linha São Jacó Bainha, no interior.
  • Farroupilha: danos em telhado de uma residência, deixando a família desalojada, e falta de energia em pontos de três bairros em função de queda de árvores. Bombeiros e Defesa Civil do município fazem distribuição de lonas e corte de árvores.
  • Flores da Cunha: danos em 43 residências, no telhado da Igreja da Comunidade, UBS, escola e comércios da localidade de Alfredo Chaves, interior do município.
  • Gentil: danos em telhados de quatro residências e árvores caídas. Defesa Civil do município está distribuindo lonas e máquinas fazem remoção de materiais.
  • Lajeado: dano em telhado de um prédio no bairro Florestal. Equipes seguem realizando levantamento para identificar outros possíveis danos.
  • Nova Pádua: danos em telhados de três residências, queda de árvores e falta de energia elétrica. Bombeiros e Defesa Civil municipal fazem distribuição de lonas, limpeza urbana e corte de árvores. Quatro pessoas foram alojadas na casa de familiares.
  • Pinto Bandeira: danos em telhados em duas residências. Defesa Civil municipal faz entrega de lonas.
  • São Vendelino: queda de árvores, obstrução de algumas vias e falta de energia elétrica. Equipes trabalham para restabelecer a normalidade.
  • Taquari: árvore caída em cima de uma residência. Árvore foi cortada para colocação de lona.
  • Teutônia: danos em telhados de três residências e queda de árvores. Uma pessoa foi alojada na casa de familiares.

Ciclone extratropical

De acordo com o Climatempo, o ciclone extratropical avança sobre o território gaúcho nesta terça (9), chegando à região da Grande Porto Alegre à noite. O sistema se desenvolveu entre o Paraguai, o nordeste da Argentina e o Rio Grande do Sul, espalhando instabilidades com potencial para chuva forte, raios e rajadas intensas de vento.

O fenômeno deve atingir pressão atmosférica abaixo de 1000 hPa, característica de ciclones extratropicais de forte intensidade, capazes de gerar nuvens carregadas, tempestades e ventos extremos. A pressão atmosférica muito baixa pode causar microexplosões e tornados, como o registrado no início de novembro no Paraná – que deixou seis mortos e centenas de feridos.

Entre os dias 10 e 11 de dezembro, já com o ciclone totalmente organizado, rajadas entre 90 km/h e 120 km/h podem atingir principalmente:

  • litoral do Rio Grande do Sul;
  • áreas serranas do Rio Grande do Sul e Santa Catarina;
  • regiões mais elevadas do Sul.

Embora o ciclone não avance para Sudeste ou Centro-Oeste, ele influenciará o clima em áreas próximas. Há risco de chuva forte e ventania em São Paulo, no centro-sul do Rio de Janeiro (incluindo Grande Rio) e no centro-sul e sudoeste de Minas Gerais (Belo Horizonte, Sul de Minas, Zona da Mata e Triângulo).

No Centro-Oeste do país, o impacto será maior em Mato Grosso do Sul, com ventania mais forte nesta terça-feira.

O que fazer

  • Desligar aparelhos elétricos e até o quadro geral de energia nas regiões de maiores riscos;
  • Para quem mora em encostas, a orientação é estar atento e sempre ficar em local abrigado;
  • Em caso de rajadas de vento, não se abrigar debaixo de árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas;
  • Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda durante vendaval;
  • Em caso de inundações, proteger os pertences com sacos plásticos;
  • Não enfrentar o mau tempo;
  • Acompanhar atualizações meteorológicas e avisos da Defesa Civil.

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