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Chuvas no RS: IBGE cria força-tarefa para capacitar gestores municipais a usar dados

O instituto oferecerá suporte para que as cidades realizem melhores diagnósticos quanto às necessidades das áreas afetadas

Chuvas no RS: IBGE cria força-tarefa para capacitar gestores municipais a usar dados
Enchente no Rio Grande do Sul | Gustavo Mansur / Palácio Piratini
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta segunda-feira (20) uma força tarefa nacional para capacitar gestores de municípios do Rio Grande do Sul a utilizar ferramentas para lidar com a crise causada pelas enchentes no estado. O objetivo do IBGE é ajudar as cidades a fazer o diagnóstico das áreas afetadas.

O projeto servirá como “piloto” do uso coordenado do Sistema Nacional de Geociências, Estatística e Dados (Singed) e deve ajudar na tomada de decisões administrativas a partir da demanda de cada prefeitura.

Segundo Elizabeth Hypolito, diretora de Pesquisas do IBGE, a ideia é facilitar o acesso às bases de dado já existentes e criar produtos que possam ajudar os municípios afetados pelas cheias.

“A diretoria de pesquisas vem trabalhando intensamente para fornecer a maior quantidade de dados possível para auxiliar na reconstrução do Rio Grande do Sul”, disse Elizabeth.

O IBGE apresentou algumas ferramentas do Singed:

  • IBGE Cidades — disponibiliza 30 mil indicadores sobre cada um dos municípios brasileiros. Possibilita cruzamento de informações, geração de mapas, gráficos, comparações, tabelas, rankings e cartogramas;
  • Panorama do Censo 2022 — curadoria de dados divulgados até o momento;
  • PGI (Plataforma Geográfica Interativa) — mapas do Censo demográfico para uso avançado. Permite a criação de mapas próprios a partir de sobreposições de dados;
  • Portal de Mapas — repositório de representações geográficas como o de cobertura, uso da terra e áreas suscetíveis a deslizamentos;
  • Sidra — repositório de estatísticas do IBGE que permite montar e baixar tabelas complexas a partir do cruzamento de variáveis.

O “esforço tecnológico”, como dito por Marcos Mazoni, diretor de Tecnologia da Informação do IBGE, visa a esclarecer quais são os melhores cenários para a criação de políticas públicas.

Levantamento específico no Rio Grande do Sul

O instituto disse planejar uma pesquisa específica para colher dados da população atingida pelas enchentes. Mas, para isso, assim como ocorreu na PNAD especial da Covid-19, será preciso que o governo federal libere orçamento extra.

Hypolito lembrou que, durante a pandemia, foi estruturado em tempo recorde um levantamento sobre os efeitos da covid no mercado de trabalho e na rotina escolar.

“Em relação ao formulário e aos temas, ainda está em formatação. Estamos na expectativa de realizar essa pesquisa o mais rápido possível, na medida em que tivermos a sinalização do Ministério. Não temos ainda as perguntas fechadas, mas há uma expertise dos colegas para finalizá-las rapidamente e a disposição de ir a campo tão logo tivermos um retorno”, declarou Marcio Pochmann, presidente do Instituto.

Para fazer esse levantamento e implementar outras ações no Rio Grande do Sul, segundo Pochmann, o suplemento orçamentário será da ordem de R$ 38 milhões. A iniciativa, no entanto, depende da aprovação do Ministério do Planejamento e Orçamento.

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