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Cerimônia de assinatura da TV 3.0 reúne autoridades e maiores emissoras

Evento no Palácio do Planalto, em Brasília, oficializou início da nova tecnologia, que deve começar a valer em junho de 2026

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Representantes das maiores emissoras do país participaram nesta quarta-feira (27), em Brasília, do lançamento da TV 3.0, padrão tecnológico que promete integrar internet e sinal aberto. A inovação pretende transformar a experiência do telespectador ao unir as características da radiodifusão tradicional com as diversas possibilidades oferecidas pela internet.

De acordo com Renata Abravanel, presidente do Conselho do Grupo Silvio Santos, a mudança acompanha os novos tempos e hábitos de consumo sem perder as características principais da televisão aberta. “É um avanço, né? A gente tem que renovar, tem que avançar, tem que estar atualizado com os hábitos de consumo e preservando a credibilidade e de maneira gratuita. Então, é um avanço, sem dúvida”, afirmou.

Para Paulo Marinho, diretor-presidente da TV Globo, “a TV aberta está cada vez mais forte, aumentando sua relevância, uma convergência do ambiente que nós conhecemos, da radiodifusão, com os meios digitais”.

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O início da implementação está previsto para junho do próximo ano. Entre as novidades, estará a possibilidade de escolher ângulos de câmera enquanto assiste a um jogo de futebol, optar por ouvir apenas os sons do estádio ou até mesmo interagir em tempo real com programas de auditório.

Como funciona a TV 3.0

Trata-se de um novo padrão que permitirá maior interatividade com os conteúdos, permitindo ao telespectador realizar compras, receber alertas climáticos e interagir com diferentes atrações, tudo por meio da TV.

A integração com a internet promete mudar a forma como o público consome conteúdo. “O que você vai unir é essa natureza da TV aberta com a internet. Isso vai transformar a experiência das pessoas”, disse Marcus Vinícius Vieira, CEO do Grupo Record.

Além da interatividade, a tecnologia trará imagens em altíssima resolução, em 4K e 8K, som imersivo, e mais recursos de acessibilidade.

“A TV 3.0 vem a dar mais possibilidades para essa interação, tendo melhor imagem, melhor qualidade de vídeo e muitos recursos. É como se ela passasse a ter mais um computador dentro da sala”, complementou Amílcare Dallevo Jr., presidente da RedeTV!

O novo padrão, no entanto, não estará condicionado ao uso da internet. A questão é que, com ela, mais recursos estarão disponíveis para o telespectador. “A tecnologia não espera. Se nós esperarmos, a tecnologia nos atropela. Então será muito importante essa migração para a TV 3.0, que não será uma migração obrigatória, como foi do analógico para o digital. Será uma migração planejada nos aspectos comerciais e econômicos de cada emissora”, explica Flávio Lara Resende, presidente da ABERT (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão).

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O impacto não será sentido apenas pelos telespectadores, mas também para o setor audiovisual como um todo. Para o ministro das Comunicações, Frederico Siqueira, "o Brasil, mais uma vez, está dando um passo importante na inovação tecnológica, e isso também fortalece o setor e a indústria como um todo, gerando emprego e renda para todos."

Mais próximo do público

Além do avanço técnico, a nova TV aberta promete aproximar ainda mais o público que é fiel ao formato. Dona Rosicler Moura, de 69 anos, aposentada e apaixonada por televisão, mal pode esperar pelas novidades. “Televisão nunca deixou de fazer parte da minha vida, e eu assisto tanto de dia quanto de noite. Só de pensar que você vai ter a televisão disponível na sua mão... tendo esse tipo de facilidade vai ser muito melhor. Eu adoro interagir com todos os jornais”, disse.

Com mais de 94% da população brasileira assistindo diariamente à programação de TV aberta - permanecendo em média cinco horas por dia em frente à telinha - este é certamente um capítulo importante na longa história de amor dos brasileiros com a televisão.

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