Publicidade
Brasil

Padre é acusado de intolerância religiosa por evitar citar nome de criança durante batismo

Família registrou ocorrência por discriminação religiosa após padre alegar que nome Yaminah teria ligação com outro culto religioso

Imagem da noticia Padre é acusado de intolerância religiosa por evitar citar nome de criança durante batismo
Foto: Reprodução | Arquivo pessoal
Publicidade

O padre Wagner Augusto Moraes dos Santos, da Paróquia Santos Anjos, no Leblon, zona sul do Rio, foi acusado por uma família de se recusar a pronunciar o nome da menina Yaminah Fernandes Turan durante batismo.

De acordo com o boletim de ocorrência registrado na segunda-feira (25) pelo pai da criança, Davi Fernandes Elias, o sacerdote afirmou que o nome não seria cristão, teria ligação com outro culto religioso e sugeriu a substituição por “Maria”, proposta rejeitada pela família.

+ Caminhão desgovernado atinge torcedores em São Januário (RJ) e deixa três feridos

Ainda segundo o registro, embora tenha realizado o sacramento, o padre se referiu à criança apenas como “a filha de vocês” ou “a criança”, evitando repetir o nome. O documento relata também que uma tia interveio durante a cerimônia, gritando: “Criança não, o nome dela é Yaminah”.

O caso foi encaminhado à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) como suspeita de discriminação por raça, cor ou religião.

Outro lado

Em nota, o escritório Diogo Ferrari Advocacia, que representa a família, afirmou que o episódio configurou exclusão e constrangimento, violando princípios constitucionais como igualdade, liberdade religiosa e respeito à diversidade cultural. A defesa informou ainda que adotará medidas jurídicas para responsabilizar o sacerdote.

+ Vacina contra gripe no DF passa a ser aplicada somente em grupos prioritários

Já a Arquidiocese do Rio declarou que o batismo foi realizado de acordo com o Ritual Romano, com o nome da criança registrado no livro paroquial e na lembrança entregue à família. A instituição ressaltou que o Código de Direito Canônico recomenda apenas que não sejam atribuídos nomes contrários ao sentido cristão, mas que essa orientação tem caráter pastoral e não impede a realização do sacramento.

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade