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Caso Marielle: Castro diz que especulações sobre delação de Lessa são “fofocas jurídicas e políticas”

Governador do Rio de Janeiro diz ter total interesse no caso e espera "rápido desfecho"

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O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse esperar um desfecho rápido sobre o caso Marielle Franco e Anderson Gomes, mas que informações que circulam sobre a delação de Ronnie Lessa, ainda não reveladas oficialmente, são “fofocas jurídicas e políticas”.  

+ Marielle: Lewandowski anuncia homologação de delação de Ronnie Lessa

“A gente espera um desfecho o mais rápido possível. Só o que tem agora são fofocas jurídicas e políticas, a gente espera que a colaboração que o estado deu prendendo os dois que fizeram a delação ajude a elucidar o crime”, disse o governador após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Palácio do Planalto.

Castro afirmou ainda não existir “crime federal, estadual ou municipal”, mas exaltou o papel das polícias do Rio de Janeiro para prender Ronnie Lessa e outros suspeitos do assassinato da ex-vereadora.

“Não existe crime federal, estadual ou municipal. A gente espera que a coloração do Estado tenha sido decisiva. Não podemos esquecer que fui colega da Marielle como vereador e com certeza a gente é super interessado que esse crime seja elucidado o mais rápido possível”, concluiu.

Castro viajou a Brasília para discutir com Lula soluções para as dívidas do Rio de Janeiro com a União e avisar que entraria com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) para rediscutir a dívida.

No entanto, o governador aceitou um pedido do presidente para primeiro ouvir a proposta do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em uma reunião com governadores no próximo dia 26 para buscar soluções sobre o problema das dívidas dos estados com a União.

Claudio Castro afirmou que, caso seja necessário, o Rio vai judicializar a questão, mas de forma “amigável”, em acordo com o governo. Segundo o chefe Executivo fluminense, algumas medidas não podem ser tomadas na esfera administrativa, e por isso, precisariam ser resolvidas por acordo ou ação judicial, no STF.

Ele afirmou que não tratou de outros assuntos fora a dívida do Rio de Janeiro com o presidente Lula e nem sobre os termos da negociação, que que serão debatidos apenas no dia 26.

Delação de Ronnie Lessa

O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, homologou o acordo de delação premiada de Ronnie Lessa na noite desta terça-feira (19). Segundo informações da Polícia Federal, o criminoso teria delatado os nomes do mandante do assassinato de Marielle Franco.

Os advogados de Lessa abandonaram o caso após a homologação do acordo. Como as informações ainda não são oficiais, Castro definiu como "fofocas jurídicas e políticas" as notícias veiculadas na imprensa.

Renegociação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem defendido que o governo ajude os estados a acabar ou reduzir com as dívidas dos estados. Somente em fevereiro deste ano, o Tesouro Nacional pagou, em fevereiro, R$ 1,22 bilhão em dívidas atrasadas das unidades federativas.

Desse total, a maior parte, R$ 776,59 milhões, é relativa a atrasos de pagamento do governo de Minas Gerais. Em seguida, vem o pagamento de débitos de R$ 301,73 milhões do estado do Rio de Janeiro e de R$ 76,11 milhões de Goiás.

Na última sexta-feira (15), durante evento em Porto Alegre com a presença do governador Eduardo Leite, Lula reafirmou o compromisso de renegociar as dívidas dos estados com a União.

“Eu vim aqui para que cada pessoa saiba cada coisa que a gente está fazendo, cada centavo que a gente está colocando, não é nenhum favor, nenhum benefício, é obrigação. Estamos devolvendo ao povo um pouco daquilo que a gente arrecada do trabalho do povo do Rio Grande do Sul. E por isso nós estamos determinados a sentar com os governadores, renegociar as dívidas dos estados, para que a gente conceda a todo mundo o direito de respirar”, disse o chefe do poder Executivo durante o evento na capital gaúcha.

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