Calorão: crianças, idosos e portadores de doenças crônicas são mais vulneráveis à desidratação
Saiba como evitar e identificar a deficiência de água no corpo durante altas temperaturas
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Bruna Macedo
Que esse calorão repercute em todas as pessoas, não há como negar. Mas há grupos que são mais vulneráveis à desidratação, que pode ser causada pelas altas temperaturas, atividade excessiva, consumo insuficiente de líquidos, transpiração excessiva ou efeitos colaterais de medicamentos.
Crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas precisam de cuidados maiores, segundo Roni Mukamal, geriatra e superintendente de Medicina Preventiva da MedSênior: "É importante que essas pessoas fiquem mais atentas à ingestão de líquidos e alimentos frescos, que esfriem o corpo".
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Os idosos e as crianças, especialmente, muitas vezes têm a percepção da sede de forma diferente ou podem não manifestar a necessidade de ingerir líquidos, explica o especialista.
Então, são dois grupos que podem desenvolver quadros mais graves: "Em adultos saudáveis, a desidratação pode ser clinicamente pouco relevante; já nesta parte da população, pode ser algo grave. Muitas vezes, o idoso demora mais a ter sede e, quando percebe, já está desidratado", completa.
Já com relação aos que têm doenças crônicas, a desidratação pode afetar o sistema cardiovascular.
Como evitar e identificar a desidratação?
Para os que têm doenças crônicas, a atenção deve estar voltada para manter as consultas médicas em dia e para o uso correto dos remédios para pressão, por exemplo, fazendo qualquer ajuste necessário, conforme prescrição médica.
Para idosos e crianças — mas também válido para todas as idades —, buscar um buscar um ambiente fresco, ventilado, ou com ar condicionado faz toda a diferença.
Evitar o sol entre às 10h e 14h, quando a temperatura está mais aguda. E caso não seja possível, lembrar de usar roupas frescas, que facilitem a transpiração; boné ou chapéu e protetor solar.
Por fim, ter sempre por perto uma garrafa pode ajudar a lembrar de beber água. E é importante que a ingestão de líquidos seja feita de forma regular, independentemente de sentir necessidade.
No quesito identificação, caso seja notória uma sensação de moleza no corpo, excesso de transpiração. dor de cabeça, e pele e boca secas por causa da temperatura, já se faz necessária uma pausa para se refrescar.
O xixi também é um termômetro importante nesses momentos. Pacientes que apresentam uma concentração maior no xixi, quando ele fica mais denso e em menor volume, podem já estar desidratados e por isso é importante consultar um médico.
Tomás todos esses cuidados são necessários porque o ser humano precisa manter constante a temperatura interna a 36,5ºC, de acordo com o
Médico, não importando a temperatura exterior. E em dias muito quentes, para conseguir isso, o corpo fica sobrecarregado. A sensação de desconforto é grande. E o calor pode causar lesões, agravar doenças preexistentes e, desidratar pacientes potenciais e, em alguns casos, até matar.