Brasil ocupa quarta pior posição em ranking de saúde mental
O ranking é liderado por República Dominicana, Sri Lanka e Tanzânia
Um estudo, realizado com mais de 500 mil pessoas, em 71 países, mapeou a qualidade da saúde mental ao redor do mundo. O Brasil aparece quase no fim da lista, na quarta pior posição, com nota 53, numa escala que vai até 110.
Atrás do Brasil, que está empatado com o Tajiquistão, aparecem apenas África do Sul, Reino Unido e Uzbequistão, de acordo com o "The Mental State of the World", estudo publicado pela Sapien Labs.
O ranking é liderado por República Dominicana, Sri Lanka e Tanzânia.
A empresária Priscila Baluz conta como era sua rotina como executiva de uma multinacional: "meta de faturamento, meta de receita, meta de clientes que não estavam saindo da base. Em torno de 14, 15 horas de trabalho".
Até que um dia, numa reunião de trabalho: "eu senti meu coração de fato acelerando, uma taquicardia, uma indisposição, a vista começou a ficar meio turva".
O ambiente profissional tóxico é que era uma loucura, e comprometeu a saúde mental da Priscila, que teve uma crise de pânico.
Larissa Fonseca, integrante da Sociedade Brasileira de Psicologia, diz que é preciso aprender a impor limites: "a gente fica com receio de dizer não, mas, em algum momento, a gente estoura. Ou falhando, ou sendo estúpido e grosseiro. Lazer é preventivo e fundamental".
Há outros motivos para o Brasil fazer feio no ranking de saúde mental. O tempo e a importância que damos às redes sociais também colaboram para as frustrações.
Ansiedade, depressão e burnout, o esgotamento profissional, são as doenças mentais mais recorrentes.
Para a maioria das pessoas, não é fácil lidar com a própria incapacidade de administrar os problemas, sentimentos, pressões. Para isso, antes de tudo, é preciso driblar o preconceito da sociedade, mas admitir que precisamos de ajuda é o pontapé inicial para ganhar esse jogo.
O atacante da seleção brasileira Richarlison, repetiu nesta terça-feira(19) que a terapia tem sido uma aliada contra as cobranças que recebe.
"Eu, como jogador da seleção, que tenho voz ativa, falo pras pessoas procurarem mesmo, que ajuda. Salvou minha vida, assim, de uma hora pra outra, porque eu já tava no fundo do poço mesmo", afirmou o jogador.