Brasil está com ar mais seco que o deserto do Saara, diz instituto
Nível baixo de chuva e, por consequência, a menor umidade do solo favorecem o ar seco e o aumento da temperatura, em um ciclo que se autoalimenta
O Brasil está com ar mais seco que o deserto do Saara neste começo de setembro. A informação, que parece difícil de acreditar, é a conclusão de um levantamento da MetSul Metereologia, divulgado nesta sexta-feira (6).
Boa parte do território nacional está com uma umidade do ar menor do que a do maior deserto do planeta devido a uma massa de ar seco que atua no país de forma prolongada, com uma baixa frequência de frentes frias.
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O nível baixo de chuva e, por causa disso, a menor umidade do solo favorecem o ar seco e o aumento da temperatura, em um ciclo que se autoalimenta.
Na quinta-feira (5), o Brasil, de acordo com dados de estações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), registrou queda da umidade do ar para 7% em Barretos (SP), 14% em Costa Rica (MS), 9% em Ituiutaba (MG), 7% em Santa Teresa (ES), além de outras cidades em estado crítico.
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No mesmo dia, no deserto do Saara, as menores umidades registradas em boletins meteorológicos de aeroportos que operam na região foram de 36% no Cairo (Egito), 84% em N´Djamena (Chad), 52% em Niamey (Níger), 52% em Argel (Argélia) e 59% em Bamako (Mali).
Além disso, o estudo ressalta que o Saara enfrenta uma situação excepcional de chuva e umidade mais alta, que ocorre a cada dez ou quinze anos. Em alguns locais, a precipitação ficou mais 500% acima da média e a tendência é seguir chovendo.