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Bombeiro voluntário morre por complicações após picada de aranha-marrom em Santa Catarina

Veneno da aranha pode levar à necrose dos tecidos e requer cuidado; veja como proceder

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Bombeiro em Itapema morre por complicações após ser picado por aranha-marrom. | Arquivo pessoal
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O bombeiro comunitário João Paulo Floriani, de 44 anos, morreu neste sábado (14), em Florianópolis, vítima de complicações graves provocadas por uma picada de aranha-marrom. Ele estava internado em estado crítico na UTI do Hospital Nereu Ramos desde o início de maio. A causa da morte foi infecção generalizada e falência múltipla de órgãos.

Morador de Itapema, no litoral norte de Santa Catarina, João Paulo atuava como voluntário no Corpo de Bombeiros Militar da cidade desde 2016. Também trabalhava como bombeiro civil em um outlet em Tijucas, município vizinho.

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Segundo a família, ele foi picado pela primeira vez em março, no pé, sem maiores consequências. No mês seguinte, no entanto, sofreu uma nova picada — desta vez na mão, enquanto limpava o quintal de casa. A reação foi severa: a ferida evoluiu para necrose, acúmulo de pus e inflamação intensa.

João Paulo passou por um procedimento de drenagem, mas o quadro clínico se agravou. Ele desenvolveu dificuldades respiratórias e precisou ser internado. Durante o tratamento, contraiu uma superbactéria que comprometeu seriamente o funcionamento dos rins e dos pulmões.

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A morte do bombeiro comoveu colegas de corporação e a comunidade local. João Paulo deixa a esposa, Márcia de Miranda.

Aranha-marrom: pequena e perigosa

A suspeita é de que João Paulo tenha sido picado por uma aranha-marrom (Loxosceles), espécie considerada uma das mais perigosas do Brasil. De hábitos noturnos e comportamento discreto, esse tipo de aranha mede entre 1 e 4 centímetros, tem coloração que varia do bege ao marrom e costuma se esconder em locais escuros, secos e pouco movimentados — como atrás de móveis, pilhas de entulho, sapatos e roupas guardadas.

Dicas para prevenir acidentes, segundo o Instituto Butantan:

  • Evite acúmulo de entulho, folhas secas e lixo;
  • Sacuda roupas e sapatos antes de usá-los;
  • Vede frestas e buracos em paredes e assoalhos;
  • Mantenha ralos de cozinha e banheiro fechados;
  • Combata a proliferação de insetos;
  • Afaste camas e móveis das paredes;
  • Não coloque as mãos em buracos, sob pedras ou troncos podres.

A picada da aranha-marrom, geralmente indolor inicialmente, pode causar reações graves horas depois, como necrose (morte do tecido da pele, caracterizada por cor arroxeada), febre, mal-estar e, em casos mais graves, comprometimento renal e falência de órgãos, como ocorreu com João Paulo.

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O Brasil possui soro antiaracnídico, desenvolvido pelo Instituto Butantan, mas seu uso é indicado apenas em casos moderados ou graves e deve ser administrado preferencialmente nas primeiras 48 horas após o acidente. O diagnóstico precoce e o atendimento médico rápido são essenciais para evitar complicações.

O que fazer em caso de picada:

  • Lave o local com água e sabão;
  • Aplique compressa fria para aliviar a dor;
  • Procure atendimento médico imediatamente;

Se possível, capture a aranha para identificação (sem risco de novo acidente).

A picada de aranha-marrom é considerada emergência médica. Se houver sinais de necrose ou infecção, o paciente deve ser encaminhado a um hospital com suporte especializado.

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