Brasil

Barqueata da 'Cúpula dos Povos' reúne 5 mil pessoas na rio Guamá, em Belém, para protestar por justiça climática

Ato sobre as águas da Baía do Guajará e em um manifesto contra para proteção das comunidades ribeirinhas e indígenas

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Barqueada da Cúpula dos Povos em Belém | Kenzô Machida
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Os rios que cercam Belém se transformaram em palco de um dos momentos mais simbólicos da Cúpula dos Povos, evento paralelo à COP30. Nesta quarta-feira (12) cerca de 5 mil pessoas de 60 países se reuniram na Baía do Guajará para a Barqueata da Cúpula, uma grande manifestação sobre as águas da Amazônia.

Mais de 200 embarcações saem dos portos próximos à Universidade Federal do Pará (UFPA) e seguem por cerca de duas horas até a Vila da Barca, uma das comunidades mais antigas e vulneráveis da capital paraense.

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O trajeto de 7 milhas náuticas foi marcado por faixas, cartazes e mensagens que alertam sobre preservação do meio ambiente e do cuidado com os rios e as desigualdades sociais da população ribeirinha que é acentuadas pela crise climática.

A barqueata quer chamar atenção para as “falsas soluções” discutidas nas conferências oficiais e destacar que as respostas reais estão nas práticas sustentáveis dos povos da floresta, das águas e das periferias.

“Estamos alinhados e achamos que tudo isso é histórico”, afirma Iury Paulino, do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB).

A mobilização reuniu mais de 300 lideranças indígenas, ribeirinhas, quilombolas e camponesas — entre elas o cacique Raoni Metuktire, a liderança Alessandra Korap Munduruku e representantes de diversos povos da Amazônia.

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Para a Cúpula dos Povos, que reúne mais de 1,2 mil organizações do Brasil e de outros países, a barqueata é um manifesto fluvial de resistência.

“As águas da Amazônia estão trazendo as vozes que o mundo precisa ouvir: as de quem defende a vida, os territórios e o clima”, destaca o ativista equatoriano Lider Gongora, membro da comissão política da conferência.
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