Às vésperas das compras de fim de ano, comerciantes da 25 de Março reforçam segurança com câmeras de monitoramento
Iniciativa busca conter furtos e roubos no maior centro de comércio popular da América Latina, integrando monitoramento público e privado
Simone Queiroz
Preocupados com os furtos e roubos que ameaçam afastar clientes às vésperas das compras de fim de ano, lojistas da região da 25 de Março, em São Paulo, intensificaram o monitoramento com 60 novas câmeras. O programa de segurança colaborativa busca conter a criminalidade no maior centro de comércio popular da América Latina. O sistema é integrado ao Smart Sampa, da prefeitura, e ao Muralha Paulista, do governo estadual.
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Elias Ambar, comerciante e diretor da União dos lojistas da Rua 25 de março e adjacências (Univinco), contou que o movimento diário, que costumava atingir cerca de um milhão de pessoas em períodos de pico, caiu pela metade. Para os consumidores que continuam frequentando o local, o cuidado é redobrado. Um segurança da área compartilhou dicas para evitar incidentes.
"Venha com pouco dinheiro, não traga nada que chame atenção como correntinhas ou celulares. E mantenha a bolsa à frente do corpo", orientou.
Os novos equipamentos de segurança prometem mais do que apenas inibir crimes. Eles permitem rastrear os passos de criminosos, desde sua chegada até a fuga, e identificar cúmplices, colaborando para desarticular quadrilhas que atuam na região.
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Luciano Caruso, cofundador da startup responsável pela tecnologia, explicou:
"Conseguimos construir uma narrativa completa com as câmeras. O reconhecimento facial cruza dados com bancos da prefeitura e do estado", disse ele.