Amazônia registra décimo mês consecutivo de redução do desmatamento, diz Imazon
Bioma perdeu 79 km² de floresta em janeiro; Roraima, Mato Grosso e Pará lideram ranking de devastação
O desmatamento segue em queda na Amazônia, com janeiro sendo o décimo mês consecutivo de redução na devastação. Segundo balanço do Imazon divulgado nesta quarta-feira (21), o bioma perdeu 79 km² de floresta no mês (250 campos de futebol por dia), o que representa uma queda de 60% em relação ao mesmo período de 2023.
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Roraima foi o estado com maior devastação em janeiro, representando 40% da área derrubada em toda Amazônia Legal. O cenário foi influenciado, sobretudo, devido ao clima mais seco na região, que facilita a prática de desmatamento. Em seguida, aparecem Mato Grosso e Pará, com 24% e 18%, respectivamente, do total de área destruída.
Das 10 terras indígenas mais desmatadas na Amazônia em janeiro, seis ficam em Roraima, sendo cinco com territórios exclusivamente no estado e uma com parte da área no Amazonas. Já em relação às unidades de conservação, Pará e Amazonas são os estados que concentram o maior número de territórios entre os 10 mais desmatados no mês.
Apesar da queda de 60% do desmatamento, o número de áreas derrubadas neste ano foi o maior em comparação ao registrado em 2016, 2017 e 2018. Larissa Amorim, pesquisadora do Imazon, reforça que é preciso continuar investindo em fiscalização para conter ainda mais a devastação e atingir a meta de desmatamento zero em 2030.
“Para reduzir ainda mais a derrubada e chegarmos à meta de desmatamento zero em 2030, que é prioritária para o Brasil reduzir suas emissões de gases do efeito estufa, é essencial continuar investindo em fiscalização e fortalecimento dos órgãos ambientais e fazer a destinação de florestas públicas para criação de novas áreas protegidas, como terras indígenas e unidades de conservação”, diz Amorim.