30% dos gaúchos pensam em mudar de casa para evitar desastres climáticos, revela pesquisa
Levantamento aponta ainda que 10% da população já possui planos concretos para a mudança, enquanto outros 20% ponderam essa possibilidade
Uma pesquisa recente conduzida pela startup Loft, em parceria com a Offerwise, revelou que 80% dos gaúchos afirmam que eventos climáticos extremos já afetam suas moradias e pelo menos 30% consideram mudar de residência para evitar problemas causados por enchentes, inundações e secas prolongadas.
O levantamento, que envolveu mil entrevistas online entre os dias 4 e 7 de junho, aponta ainda que 10% da população já possui planos concretos para a mudança, enquanto outros 20% ponderam essa possibilidade.
Além disso, a recente tragédia climática no estado aumentou a preocupação de 80% dos moradores com o tema, e 41% deles afirmam que o ocorrido influenciou o desejo de mudar do local onde vivem atualmente.
Apesar desse cenário alarmante, apenas 24% dos entrevistados acreditam que teriam os recursos necessários para mudar de endereço.
"Apesar do percentual considerável de pessoas que pensam em se mudar, menos de um quarto têm confiança de que teriam os recursos necessários para fazer a mudança. Chama a atenção também o percentual de moradores do estado que não pensam em se mudar, 70%. Ele é maior do que o observado em estados que não foram afetados por enchentes e inundações nas últimas semanas", afirma Fábio Takahashi, gerente de Dados da Loft.
O estudo também revelou que, analisando por tipo de evento, 69% dos gaúchos afirmam já ter sido afetados ou conhecer alguém que foi afetado por inundações e enchentes, e 37% relataram ter enfrentado tempestades severas. No Brasil como um todo, 62% dos entrevistados dizem que eventos climáticos extremos afetam suas moradias, sendo as inundações e enchentes (32%) e ondas de calor (31%) os eventos mais citados.
"Em todos os recortes que fizemos, incluindo classe social, mais da metade dos brasileiros afirmaram já terem sentido o efeito de algum evento climático extremo", conclui Takahashi.