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Brasil

Quase 30% da exploração de madeira na Amazônia é ilegal, diz mapeamento

Imóveis rurais com CAR e áreas protegidas concentram ilegalidade; Pará lidera ranking

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Mais de 100 mil hectares de florestas da Amazônia foram explorados ilegalmente para a extração de madeira de agosto de 2021 a julho de 2022. Os dados constam no mapeamento da rede Simex (formada por Imazon, Idesam, Imaflora e ICV), que apontou Belém, no Pará, como a área de maior devastação ilegal (27% do total registrado).

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Ao todo, 396 mil hectares da região amazônica foram explorados para a extração de madeira no período analisado pela rede. Desse total, 288.139 hectares (73%) foram autorizados pelos órgãos ambientais, enquanto 106.477 hectares (27%) foram explorados de forma ilegal, sendo 19,5% em terras indígenas e 6,1% em unidades de conservação.

Segundo os dados, a maior parte da exploração ilegal foi identificada em imóveis rurais com Cadastro Ambiental Rural (CAR). "São imóveis rurais privados, em que os dados de propriedade e proprietário são de conhecimento dos órgãos ambientais, portanto passíveis de fiscalização e responsabilização", explica Leonardo Sobral, gerente de cadeias florestais do Imaflora.

Considerando o total explorado, autorizado ou não, o estado do Mato Grosso respondeu por 65,8%, seguido pelo Amazonas, com 12,8%, e pelo Pará, com 9,8%. Já o ranking da ilegalidade tem o Pará (46%) na liderança, seguido por Mato Grosso (31%), Roraima (29%), Rondônia (19%), Amazonas (9%) e Acre (2%).

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"Sem o manejo florestal sustentável, a extração ilegal de madeira pode levar a floresta à degradação, tornando-a mais suscetível a incêndios e perda de biodiversidade. Uma situação que prejudica gravemente a conservação dessas áreas e a vida dos povos e comunidades tradicionais que estão ligados a elas", alertaram os pesquisadores.

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