O dia a dia dos trabalhadores expostos ao calorão

Os trabalhadores expostos ao sol são os mais afetados por essa onda de calor. Enquanto as empresas são obrigadas a disponibilizar equipamentos e estruturas para proteger seus funcionários, aqueles que trabalham por conta própria precisam encontrar maneiras de lidar com as altas temperaturas.

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É debaixo do sol quente que o vendedor ambulante Isaac Vieira carrega o algodão-doce que vende pelas ruas, "Difícil porque o calor amassa o meu algodão". E se na rua já está difícil, imagina carregando peso nas obras! Trabalhadores da construção civil sentiram bem o impacto da alta nas temperaturas.

É nesse momento de calor intenso e com a incidência ainda maior dos raios solares que outros equipamentos de proteção individual ganham destaque, como o protetor solar, que fica na entrada da obra para ser usado pelos trabalhadores. Eles ainda podem pedir a touca árabe, que serve para proteger a nuca enquanto estão trabalhando com contato direto no sol. Algumas empresas estão fazendo a troca dos uniformes para fazer com que as peças de algodão acabem sendo substituídas por outros uniformes com proteção UV.

As empresas têm a obrigação de fornecer equipamentos e estruturas que protejam os empregados, conforme afirma o Advogado Trabalhista Hugo Luiz Schiavo, "A lei determina que a empresa faça um programa de gerenciamento de riscos que ela possa identificar exatamente o impacto do estresse térmico no trabalho. Então ele deve ser informado de quais são os riscos que ocorrem no calor extremo, com a alimentação que ele deve ter, as roupas que ele deve usar".