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PGR pode investigar visita de mulher de traficante ao Ministério da Justiça

Deputado Amom Mandel (Cidadania-AM) acionou Procuradoria para investigar visitas da "dama do tráfico amazonense"

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Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados
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O deputado federal Amom Mandel (Cidadania-AM) protocolou uma notícia crime na Procuradoria Geral da República (PGR), nesta 2ª feira (13.nov), após assessores do ministro Flávio Dino terem recebido a "dama do tráfico amazonense" no prédio do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP).

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Luciane Barbosa Faria é casada com Clemilson dos Santos Farias, líder da facção criminosa Comando Vermelho (CV) no Amazonas. Ela esteve em duas audiências com assessores do ministro Flávio Dino.

Na ação à PGR, Mandel afirmou que é necessário trazer transparência sobre o caso que envolve o "órgão máximo por promover segurança pública" do país. Ele acredita que relações suspeitas entre o Comando Vermelho e o Ministério da Justiça podem impactar na segurança pública do país e na credibilidade da pasta. 

"A parte mais grave dessas revelações é que não temos como saber o que realmente foi conversado entre a líder do CV amazonense e as quatro autoridades com quem ela encontrou. Além disso, o MJ não tinha como identificar a quem estava permitindo o acesso? Isso é muito sério, porque começamos a desconfiar do trabalho de inteligência no país", criticou o deputado.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública se posicionou sobre o caso e afirmou que era "impossível" prever a presença de Luciane e justificou que se tratava de um atendimento de agenda da Associação Nacional da Advocacia Criminal (Anacrim). 

"No dia 16 de março, a Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL) atendeu solicitação de agenda da Anacrim (Associação Nacional da Advocacia Criminal), com a presença de várias advogadas. A cidadã mencionada no pedido de nota não foi a requerente da audiência, e sim uma entidade de advogados. A presença de acompanhantes é de responsabilidade exclusiva da entidade requerente e das advogadas que se apresentaram como suas dirigentes. Por não se tratar de assunto da pasta, a Anacrim, que solicitou a agenda, foi orientada a pedir reunião na Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen)", diz a nota da pasta.

O secretário de Assuntos Legislativos no Ministério da Justiça e Segurança Pública, Elias Vaz, usou a rede social X (antigo Twitter) para trazer explicações sobre o caso e criticou qualquer "envolvimento abjeto e politiqueiro" em seu nome devido ao caso. Ele também afirmou que ficou sabendo do envolvimento de Luciane com o CV após a publicação de uma reportagem do Estadão nesta 2ª feira (13.nov).

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